Shell registra maior lucro anual em 15 anos e recibos de ações da empresa negociados em Nova York sobem

Entre outubro e dezembro, a Shell reportou lucro líquido de US$9,81 bilhões, superando o consenso de US$7,97 bilhões

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Por Giovanni Porfírio

Os recibos de ações da Shell negociados em Nova York operam em alta nesta quinta-feira, após a petroleira anglo-holandesa reportar lucro líquido recorde em 2022, além de anunciar um novo programa de recompra de ações e um aumento no percentual de dividendos pagos aos seus acionistas.

Perto das 11h40, as ações da petrolífera anglo-holandesa subiam 1,54%, a US$59,20.

Entre outubro e dezembro, a Shell reportou lucro líquido de US$9,81 bilhões, superando o consenso de US$7,97 bilhões, levando o lucro acumulado de 2022 a US$40 bilhões. O número supera o recorde anterior de 2008, quando registrou US$28,4 bilhões, e é mais do que o dobro do registrado em todo o ano de 2021, US$19,29 bilhões.

Já as receitas somaram US$101,3 bilhões na mesma base, alta de 19%, superando as estimativas do mercado de US$94,3 bilhões.

A Shell ainda anunciou um novo programa de recompra de US$4 bilhões em ações até o ano que vem, além de um aumento de 15% no valor de dividendos pagos por ação referentes ao período de outubro a dezembro.

À CNBC, o diretor-presidente da Shell, Wael Sawan, que assumiu a empresa no início de 2023, celebrou os resultados e disse que a companhia possui uma oportunidade única de ser bem-sucedida como vencedora na transição energética.

“Temos um portfólio que acho incomparável. Meu foco será muito em torno do desempenho e da disciplina de capital”, destacou. Juntas, a Shell e as americanas Chevron e ExxonMobil lucraram mais de US$132 bilhões no ano passado.