Por Reuters
O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta quinta-feira para barrar a inclusão da chamada “minuta do golpe” na ação a que o ex-presidente Jair Bolsonaro responde por ter promovido, quando presidia o país em julho passado, uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eletrônico de votação.
Segundo a votar no processo, o magistrado abriu a primeira divergência com o relator da ação, Benedito Gonçalves, que votou favoravelmente à análise desse documento na ação.
Araújo argumentou que, embora o TSE já tivesse admitido em plenário a apreciação do documento na ação, agora no julgamento final o assunto poderia ser rediscutido.
A “minuta do golpe”, documento apócrifo encontrado em busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres, foi incluída por Benedito e posteriormente confirmada em decisão do plenário do TSE de fevereiro de 2023.
O documento tinha como objetivo estabelecer condições para a reversão da vitória eleitoral do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao instituir um Estado de Defesa na sede do TSE, indicativo de que poderia haver um golpe de Estado.
Araújo fez sua manifestação na análise dos chamados pedidos preliminares do julgamento. Ele ainda não deu seu voto do mérito da ação propriamente dito.