Santander (SANB11) tem lucro líquido recorrente de R$ 2,3 bilhões no 2T23, abaixo da expectativa

Mercado esperava um lucro líquido recorrente de R$ 2,49 bilhões

Facebook/Santander
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Por Bruno Andrade

Santander (SANB11) reportou lucro líquido recorrente de R$ 2,3 bilhões no segundo trimestre de 2023. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (26).

O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de um lucro líquido de R$ 2,49 bilhões, segundo o TC Consenso.

Já o lucro líquido ficou em R$ 2,25 bilhões, queda de 44,68% na comparação com os R$ 4 bilhões reportados no mesmo período do ano passado. O Retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) ficou em 11,2%, queda de 9,6 pontos percentuais.

Segundo o banco, o resultado foi fortemente impactado por dois fatores. O primeiro foi a provisão adicional de no valor bruto de R$ 1,45 bilhão, contabilizada em provisões de crédito de liquidação duvidosa.

“Outro fator foi o impacto negativo bruto de R$ 2,6 bilhões, contabilizado em ‘Outras Receitas e Despesas Operacionais’. A cifra entrou no balanço após decisão judicial desfavorável para a companhia”, disse o Santander.

Os créditos de liquidação duvidosa somara R$ 5,9 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 4,09%.

“No acumulado do ano, as provisões aumentaram 23,1%, principalmente por conta do segmento pessoa física, dado o crescimento da carteira e mix”, disse a empresa

Inadimplência pesa no balanço do Santander

A carteira de crédito ampliada ficou em R$ 617 bilhões, alta de 13,7%. O maior volume ficou com o de pessoas físicas, em R$ 229 bilhões.

A inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,3%, crescimento de 0,4 ponto percentual. A inadimplência com pessoa física ficou em 4,8%, alta de 0,7 ponto percentual na comparação com os 4,1% do mesmo período do ano anterior.

Mesmo com essa elevação, o CEO, Mario Leão, disse acreditar que o banco registrou uma inadimplência controlada, visto que passou sentir os efeitos positivos da maior seletividade de crédito aplicada a partir do final do quarto trimestre de 2021.

Por outro lado, a companhia viu seus spreads caírem de 11,5% ao ano no segundo trimestre de 2022 para 9,9% ao ano no segundo trimestre de 2023.

“Os spreads menores aconteceram após a companhia elevar a seletividade para realizar empréstimos”, disse a empresa.

Ainda assim, a margem financeira líquida ficou em R$ 7,59 bilhões, alta de 8,1%.

Veja o documento: