Por Reuters
A Qatar Airways está otimista em relação ao Brasil e ao mercado latino-americano em geral à medida que avança com sua estratégia global de expansão de rotas, após um forte aumento nos negócios puxado pela Copa do Mundo do ano passado.
A companhia aérea sediada em Doha reportou em 2022 uma receita anual recorde de US$ 21 bilhões, alta de 45% em relação ao ano anterior, e um lucro líquido de US$ 1,21 bilhão, impulsionada pelo grande fluxo de passageiros transportados para a Copa no Catar.
Mas mesmo sem o impulso desse evento não recorrente nos próximos anos, a empresa ainda projeta um futuro positivo pela frente.
“Isso é um prenúncio de como vemos 2023, 2024 se moldando”, disse Craig Thomas, vice-presidente de vendas da Qatar Airways para as Américas, em entrevista realizada na sexta-feira.
A Copa do Mundo fazia parte da estratégia do Catar para atrair 6 milhões de visitantes por ano até 2030, disse ele, e agora o objetivo é capitalizar o legado deixado por um dos maiores eventos esportivos do mundo.
Isso inclui a promoção de melhorias na infraestrutura, como hotéis e restaurantes, e o incentivo para viajantes realizando conexões no Catar permaneçam no país por alguns dias, disse Thomas.
A companhia aérea revelou este ano que, dependendo do ritmo de entregas de novas aeronaves, pode ampliar seus destinos para mais de 255, em comparação com 170 servidos anteriormente.
Os planos de expansão incluem a América Latina, onde a empresa está retomando voos para Buenos Aires via São Paulo — buscando tanto atrair argentinos para o país onde a seleção venceu a Copa do Mundo quanto transportar brasileiros para o país vizinho, um de seus destinos favoritos.
A Qatar Airways também aumentará a frequência de sua rota São Paulo-Doha de 14 para 18 voos por semana, disse Thomas, permitindo que a companhia conecte a maior parte de sua rede a partir da capital do Catar com São Paulo independentemente do horário de partida.
“Nossos voos do Brasil já estão operando com taxas de ocupação muito altas, a ponto de termos que recusar alguns clientes porque os voos estão muito lotados”, disse Thomas.
A expansão na América do Sul, segundo ele, certamente ocorrerá em 2024. “Estamos muito confiantes e otimistas em relação ao mercado brasileiro, muito entusiasmados com o crescimento que temos visto e com a demanda que continua.”