PF cumpre 7 mandados de prisão em Brasília contra PMs que atuaram nos atos do 8 de janeiro

Atual comandante da PM do Distrito Federal é preso

Agência Brasil
Agência Brasil

Por Bruno Andrade

A Polícia Federal (PF) cumpre sete mandados de prisão e outros cinco mandados de busca e apreensão em Brasília. Os alvos são PMs que são acusados de omissão na atuação do controle dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Os principais alvos são o atual comandante da PM do Distrito Federal, Coronel Klepter, e o ex-comandante da PM do DF, coronel Fábio Augusto. Augusto comandava a força de segurança do estado quando os atos aconteceram.

Augusto já havia sido preso anteriormente em outra fase da operação.

De acordo com a PGR, os mandados foram determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido do coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), Carlos Frederico Santos.

Moraes é o relator do inquérito que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes, quando vândalos apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do STF.

“Ao oferecer a denúncia e requerer as medidas cautelares, o subprocurador-geral da República apresentou relato detalhado das provas já identificadas e reunidas na investigação, as quais apontam para a omissão dos envolvidos. É mencionada, por exemplo, a constatação de que havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF”, afirma a nota da PGR.

“Há ainda menção a provas de que os agentes — que ocupavam cargos de comando da corporação — receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes. Segundo as provas existentes, os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir.”

Segundo a nota da PGR, os presos podem responder por omissão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração

(Com Reuters)