Por Bruno Andrade
O Instituto Empresa em parceria com o escritório Mortari Bolico Advogados entrou com uma ação de produção antecipada de provas contra a Oi (OIBR3) e a Licks Contadores (empresa responsável pela auditoria do balanço da Oi).
“O objetivo é esclarecer os motivos que levaram a “Licks” a emitir uma opinião técnica respaldando a viabilidade econômica da companhia, o qual, meses depois, se revelou falho”, diz o pedido obtido pelo Faria Lima Journal (FLJ) nesta quarta-feira (13).
Em agosto de 2022, Licks Contadores e a Oi afirmaram que não haveria problemas financeiros na empresa pelos próximos três anos. Isso fez a companhia sair da recuperação judicial em dezembro de 2022. “Os investidores, influenciados pelos documentos da “Licks”, optaram por entrar, manter ou expandir suas posições nos papeis OIBR3 e OIBR4”, mostra a ação.
No entanto, a empresa voltou para a recuperação judicial em março de 2023 com R$ 43,7 bilhões em dívidas e mais de 35 mil credores. A notícia causou volatilidade no papel e perdas para os investidores. As ações da empresa caíram 87,9% no acumulado dos últimos 12 meses, indo de R$ 5,70 para R$ 0,69.
Por isso, o Instituto Empresa afirma que reuniu cerca de 200 acionistas minoritários para entrar com essa ação para coletar potenciais provas.
“Quando essa etapa terminar, vamos analisar as provas que conseguimos. Se houver indícios de que alguém é culpado, vamos abrir um novo processo para os investidores recuperarem algumas de suas perdas com a empresa” afirmou Adilson Bolico, advogado e representante do escritório Mortari Bolico.