Por Bruno Andrade
O governo Lula recuou sobre a decisão de taxar pacotes de até US$ 50, cerca de R$ 250, enviados de pessoa física para física. A medida foi uma tentativa de evitar sonegação de impostos por parte das empresas asiáticas como Shein, Shoppe e AliExpress.
Em conversa com jornalistas, nesta terça-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), comentou que a decisão foi um pedido do presidente Lula.
Por outro lado, o ministro comentou que a medida é somente para pessoas físicas e que o governo continuará fechando brechas usadas pelas empresas para não pagarem impostos.
“Vamos ver do ponto de vista prático como coibir essa irregularidade”, disse Haddad.
A proposta, que não chegou a ser aprovada pelo parlamento, gerou fortes críticas de consumidores que serão prejudicados nas compras da China.
Além disso, o fato de o ministro Haddad ter admitido ignorar uma alternativa prática sobre o assunto mostrou fragilidade sua e de sua equipe na formulação de políticas públicas.O governo não apenas conhecia a resistência dos consumidores, como compreendia o esquema de contrabando envolvendo produtos da Shein, da Shoppe e AliExpress. Bastava calibrar a tributação, dosá-la e, assim, reduzir as resistências,