NY: Índices recuam, pressionados pela atividade chinesa e petróleo

Confira o fechamento das bolsas norte-americanas mercado nesta terça (5)

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Por Gabriel Ponte

Os principais índices acionários americanos encerraram a sessão desta terça-feira (5) sem direção única, em um dia de oscilações, pressionados por dados que reforçaram uma desaceleração da atividade econômica chinesa e pela decisão da Arábia Saudita que acelerou as cotações dos contratos futuros do petróleo tipo Brent.

Os índices Dow Jones e S&P500 fecharam em queda de 0,56% e 0,42%, respectivamente. O Nasdaq 100, na ponta positiva, subiu 0,11%. Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dez anos avançavam 9,7 pontos-base, a 4,2697%, e os de dois anos, 9,2 pbs, a 4,9597%. 

Os rendimentos dos títulos do Tesouro operavam em alta após o governador do Federal Reserve, Christopher Waller, sugerir mais cedo que o banco central não precisa modificar as taxas de juros em breve, contrastando dados que indicam desaceleração da atividade econômica. 

Mais cedo, dados do Departamento de Comércio mostraram que as encomendas de bens industriais recuaram 2,1% em julho. 

Ao fim da tarde, os contratos futuros de petróleo tipo Brent avançavam 1,67%, cotados a US$90,03 por barril, no maior nível desde novembro de 2022. O fortalecimento da commodity ocorre após a Arábia Saudita prorrogar a redução em 1 milhão de barris por dia na produção diária de petróleo até dezembro de 2023. 

Entre os segmentos listados na NYSE, o setor de energia avançou 0,53%, ao maior nível desde janeiro, refletindo a decisão do reino saudita. A Rússia também decidiu manter a redução em 300 mil barris por dia de suas exportações de petróleo até o fim de 2023. 

Na visão do estrategista de mercados da Murphy & Sylvest Wealth Management, Paul Nolte, a força da commodity acaba por limitar os esforços do Fed em levar a inflação de volta à meta de 2,0%. “Todo mundo esperava que o Fed pudesse começar a cortar os juros, mas esse pode não ser o caso”, afirmou à Refinitv.

Na véspera, dados do PMI Caixin apontaram que a atividade de serviços da China expandiu-se ao ritmo mais lento em oito meses em agosto, a 51,8, ante 54,1 em julho.