Por: Fabricio Julião
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse à Mover nesta quarta-feira que acompanha com atenção os desdobramentos da crise em torno dos bancos norte-americanos e descartou uma “crise sistêmica” do setor bancário neste momento.
Após a quebra dos bancos Silicon Valley Bank e Signature Bank na semana passada, a entidade afirmou acreditar que os acontecimentos apontam para um efeito localizado em termos do segmento bancário dos Estados Unidos.
A Febraban também pontuou que o Brasil não deve sofrer impactos significativos com o ocorrido. “O setor no Brasil é bem capitalizado, líquido, tem provisionamento suficiente e suas operações majoritariamente no mercado local, garantindo segurança aos 180 milhões de clientes bancários e à economia como um todo”, declarou.
Na quarta-feira passada, gestores da Verde Asset alertaram para “sinais de um incipiente credit crunch atingindo a economia brasileira”.
Depois da quebra dos dois bancos norte-americanos ligados ao setor de tecnologia e operadores de criptomoedas, agentes do mercado financeiro ficaram em alerta para a possibilidade de exposição por parte de instituições brasileiras.
A Febraban disse à Mover não ter informações de que bancos brasileiros teriam exposição às instituições americanas envolvidas. Instituições como Inter, Nubank e C6 afirmaram à imprensa local nos últimos dias que não têm ligação com os bancos estrangeiros que quebraram.