Por Eduardo Puccioni
A taxa de desemprego no Brasil recuou no quarto trimestre de 2022, mostrando que a atividade econômica permanecia aquecida após sete trimestres móveis seguidos de queda, alcançando a menor taxa desde o trimestre encerrado em abril de 2015. No ano passado, a taxa a taxa média anual do índice foi de 9,3%, a menor desde 2015. Em 2021, a taxa média anual de desemprego foi de 13,2% .
A taxa de desocupação foi estimada em 7,9% no último trimestre do ano passado, uma redução de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre finalizado em setembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a PNAD, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A queda desse indicador no 4º trimestre já é um movimento conhecido. De modo geral, há uma tendência de queda da taxa de desocupação que pode ser provocada pela expansão do número de trabalhadores, muitas vezes em trabalhos temporários, ou pela própria redução da procura por trabalho nas últimas semanas de dezembro”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
O número de desempregados recuou 9,4% no período para 8,6 milhões de pessoas, também ao menor nível desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015. No ano, a queda no número de pessoas desocupadas foi de 28,6%.
A população ocupada foi de 99,4 milhões de pessoas, permaneceu estável ante o trimestre anterior, mantendo o recorde histórico para a séria iniciada em 2012.
A taxa de informalidade foi 38,8% da população ocupada, contra 39,4% no trimestre anterior e 40,7% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 38,6 milhões. O rendimento médio real cresceu 1,9%, atingindo R$2.808.