Por Leandro Tavares
O crescimento global deve alcançar 2,4% este ano, um pouco abaixo da previsão inicial de 3%, estima o Citi em relatório divulgado a clientes nesta quarta-feira (23). Para 2024, a alta deve ser de menos de 2%, sobretudo por causa impacto das economias dos Estados Unidos e do Reino Unido, que devem entrar em recessão no início do próximo ano.
No relatório, a instituição explica que a economia global continua enfrentando vários “ventos contrários”, incluindo alta da inflação, políticas restritivas de bancos centrais e tensões geopolíticas. Apesar disso, o banco ressalta que a economia global permanece resiliente, funcionando em um ritmo positivo, embora abaixo da tendência.
Para o Citi, o primeiro semestre de 2024 será o ponto mais baixo do crescimento global. “Vemos o ritmo de expansão caindo para 1% antes de acelerar no segundo semestre. Excluindo a China, o crescimento global no início do próximo ano deverá perder força para pouco acima de zero”, diz trecho do relatório.
No cenário global, o Citi explica que a fraqueza da atividade é sustentada pelo setor manufatureiro, que reflete em grande parte a volta para serviços no pós-pandemia. Isso, segundo o banco, acabou restringindo significativamente o desempenho dos produtores globais de bens, principalmente Alemanha e China.
“Embora dados recentes indiquem uma recuperação incipiente nos setores de bens dos EUA, liderados por uma recuperação na produção de automóveis e nas encomendas de bens duráveis, o país parece estar bem à frente do ciclo global”, diz o banco.