Sentimento de menor aversão ao risco pós-feriado derruba dólar e DIs

Acompanhe o fechamento do câmbio e dos juros nesta sexta (9)

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Por Fabricio Julião

O dólar e as taxas de juros futuros encerraram em queda nesta sexta-feira (9) pós-feriado no Brasil, perseverando o sentimento de menor aversão ao risco e de arrefecimento do aperto monetário por aqui e nos Estados Unidos. Ao fim da sessão, o dólar encerrou em queda de 0,98% ante o real, a R$4,8761.

Em um período de seis sessões, a moeda americana cedeu perante a moeda brasileira em cinco. Hoje, durante as negociações, a taxa de câmbio atingiu R$4,8566, o menor patamar do ano. O desempenho está em consonância com a entrada de capital estrangeiro no país, impulsionada pelo avanço do Ibovespa e pelo menor nível de risco do Brasil, que vem ganhando a atenção de investidores com um cenário doméstico melhor que o esperado.

As taxas dos contratos de juros futuros também recuaram, na esteira da consolidação das apostas em queda da Selic no segundo semestre no Brasil, enquanto nos EUA a hipótese de maior força é de manutenção dos juros. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) decidirá o novo intervalo das Fed Funds em 15 de junho. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgará o novo patamar da taxa de juros brasileira uma semana depois, em 21 de junho.

Os DIs com vencimentos em Jan/24 e Jan/25 caíram, respectivamente, 6 pontos-base e 16 pbs, a 13,02% e 11,08%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 e Jan/31 recuaram, na mesma medida, 14 pbs e 7 pbs, a 10,50% e 11,10%.

“A curva de juros segue reduzindo os prêmios de risco em todos os prazos, uma vez que as questões fiscais do país demonstram maior estabilidade. Com o andamento da pauta de arcabouço fiscal no Congresso, a inflação passa a dar sinais claros de que surtiu efeito a decisão de manutenção dos juros nos níveis atuais por tanto tempo e deixa, na minha opinião, cada vez mais clara a redução deste patamar no segundo semestre. Ainda contribui para isso a performance recente positiva da bolsa brasileira”, afirmou o economista da GT Capital, Rodrigo Azevedo.