Por: Patricia Lara
As vendas no varejo brasileiro em março surpreenderam positivamente, mesmo em meio ao patamar da taxa básica Selic e dos níveis de endividamento elevado das famílias.
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou aumento de 0,8% no volume de vendas em março no comparativo mensal, contrastando com o consenso de contração de 0,8%. No comparativo anual, o avanço foi de 3,2%%, ante expectativa de queda de 0,1%.
Segundo o IBGE, das oito atividade do comércio varejista restrito, três registraram taxas positivas e quatro, negativas, enquanto o bloco relacionado a vendas de hiper e supermercados, produtos alimentícios e fumo ficou estável.
Entre as taxas positivas, o destaque ficou com vendas de equipamentos para escritório, informática e comunicação, com alta de 7,7%. Outro setor com desempenho positivo foi o de artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos, além de perfumes, com avanço de 0,7%.
No varejo ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 3,6% em março, ante fevereiro, enquanto, no comparativo anual, a expansão foi de 8,8%.
No varejo ampliado, as vendas de veículos e motos, partes e peças deram um salto de 10,7% ante março de 2022. O grupo de atacados especializados em produtos alimentícios, bebidas e fumo viu as vendas crescerem 5,6% em base anual.