Por: Patricia Lara
O Ibovespa caía na abertura da sessão desta sexta-feira, com a baixa propensão ao risco após a ampliação da aposta em aumento na taxa de juros nos Estados Unidos devido aos resultados acima do consenso de grandes bancos americanos divulgados hoje.Ações do setor de Saúde, Siderurgia e os da Vale estão entre os ativos que pressionam o índice. Na contramão, papéis de Bancos acompanham o bom humor do setor em Wall Street.
Perto das 11h08, o Ibovespa caía 0,25%, aos 106.193 pontos, reduzindo a alta de cerca de 5% acumulada na semana.
As ações ON da Rede D´Or (RDOR3) eram as principais influências na baixa, recuando 6,06%, a R$94,64. As ON da Vale (VALE3) tiravam 75 pontos do Ibovespa, em queda de 0,50%, a R$79,12. Na semana, os papéis da mineradora ainda sobem cerca de 3%, em linha com o ganho semanal do minério de ferro futuro na bolsa chinesa de Dalian. Na última madrugada, porém, o contrato cedeu 0,8%.
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Já as PN do Itaú (ITUB4) avançavam 1,40%, a R$26,00. A ON (PETR3) e PN (PETR4) da Petrobras subiam 0,88%, a R$29,62, e 0,69%, a R$26,20, respectivamente.
Nos EUA, entre os titãs do setor de Bancos, o JPMorgan Chase reportou nesta manhã receita de US$39,34 bilhões no primeiro trimestre, superando as estimativas de US$36,19 bilhões de analistas consultados pela Refinitiv. O bom resultado foi atribuído às taxas de juros mais altas no país. O Wells Fargo anunciou receita de US$20,73 bilhões, acima dos US$20,08 bilhões do consenso, e lucro por ação de US$1,23, pouco acima da previsão da Refinitiv. Já o Citigroup anunciou lucro líquido por ação de US$2,19, ante o consenso de US$1,70.
Após a rodada de resultados acima do consenso dos grandes bancos americanos, que se sobrepuseram à forte queda do varejo em março nos EUA, a probabilidade de haver um aumento de 25 pontos-base nos juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) voltou a crescer hoje, de acordo com derivativos negociados na Chicago Mercantile Exchange (CME). Hoje, há probabilidade de 79,9% de ajuste de 25 pontos-base, para a faixa de 5,00% a 5,25%, da taxa-alvo dos Fed Funds na próxima reunião do FOMC, em 2 e 3 de maio. A aposta em um ajuste de 25 pontos-base estava em 67% ontem e em 71,2% há uma semana. Os derivativos apontavam também 20% de chance de manutenção da taxa na faixa atual de 4,75% a 5%.
Perto das 11h23, o S&P500 caía 0,26%, e o Dow Jones, 0,55%.
