Por: Gabriel Ponte
A Legacy Capital vai procurar reestabelecer uma posição na qual possa se beneficiar da inclinação da curva de juros nos Estados Unidos, dado o cenário atual, informou a gestora em carta a cotistas de outubro. Uma posição tomada é aquela que se beneficia de uma alta das taxas.
No documento, a Legacy ressaltou que os juros internacionais prosseguiram com sua trajetória ascendente no mês passado. Especificamente nos EUA, a gestora apontou que as taxas dos títulos mais longos, embora sigam com muita volatilidade, parece estar encontrando um patamar de equilíbrio.
A asset também entende que as chances de os juros já terem alcançado ponto máximo no atual ciclo de aperto monetário parecem “significativas”. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) manteve as Fed Funds inalteradas no patamar entre 5,25% e 5,50% na semana passada.
BRASIL
A gestora segue com posições aplicadas em juros reais e nominais no Brasil, considerando o preço atrativo e a qualidade da inflação. Uma posição aplicada é aquela que se beneficia da desinclinação dos vértices dos juros futuros. Também segue com posição liquidamente comprada em bolsa local.
Também na visão da Legacy, a discussão sobre flexibilização da meta fiscal para 2024 deve provocar pouca deterioração das expectativas de déficit, uma vez que os agentes econômicos já não projetavam execução fiscal em linha com a meta.
De acordo com a gestora, as condições domésticas seguem compatíveis com a continuidade da queda de juros pelo Banco Central ao ritmo de 50 pontos-base pelas próximas reuniões. A Legacy projeta nível terminal da Selic em 9,0% no ciclo de afrouxamento monetário.