Por Eduardo Puccioni e Gabriel Ponte
O índice de preços ao produtor (conhecido pela sigla em inglês, PPI) nos Estados Unidos subiu 0,7% em janeiro ante o mês anterior, acima do consenso de 0,4% e revertendo deflação na margem de 0,2% em dezembro.
O resultado gera preocupação aos investidores diante de uma série de dados econômicos que apontam para a necessidade de uma política mais contracionista do Federal Reserve.
O PPI de janeiro na comparação anual apresentou inflação de 6,0%, ante consenso de mercado que previa 5,4%. Houve desaceleração ante os 6,5% de dezembro na mesma base de comparação.
O núcleo do PPI mensal em janeiro ficou em 0,5% ante expectativa de 0,3%, enquanto o anual foi de 5,4% ante consenso de 4,9%.
Outro dado importante divulgado hoje foi o número de pedidos de seguro-desemprego semanal, com um total de 194 mil pedidos, enquanto o mercado projetava 200 mil pedidos, mostrando que o mercado de trabalho americano segue aquecido.
Por volta das 10h45, os futuros dos índices nos Estados Unidos recuavam, com o Nasdaq cedendo 1,31%, o S&P500 desvalorizando 1,02% e o Dow Jones recuando 0,74%.
Nesta quinta-feira, investidores voltaram a aumentar as chances de uma alta de 50 pontos-base dos juros pelo Federal Reserve na reunião de março, após os dados da inflação de preços ao produtor americano virem acima do consenso no mês de janeiro.
Notícias Relacionadas
Carrefour sofre "boicote"
Ações do Carrefour caem com “boicote” de frigoríficos após declarações de CEO global
São Paulo, 25/11/2024 – As ações do Carrefour caem na sessão desta segunda-feira, em meio ao “boicote” de frigoríficos brasileiros no fornecimento de carnes para a rede de supermercados, após a declaração do CEO Global, Alexandre Bompard, dizendo que não compraria carnes dos países que compõem o Mercosul. Por volta das 10h50 as ações ON do […]
Luiz Fernando Araújo falou ao Movercast, do TC
Bolsa dá ´oportunidade histórica´ com ´blue chips´ baratas, diz gestor da Finacap Investimentos
Por: Luciano Costa São Paulo, 21/11/2024 – O fraco desempenho da bolsa brasileira neste ano tem deixado muitos investidores nervosos, mas para quem tem horizonte de longo prazo, de ao menos dez anos, “o cenário atual é um espetáculo”, disse o CEO da Finacap Investimentos, Luiz Fernando Araújo, em participação no MoverCast, da TC Investimentos. […]
Por volta das 12h20, derivativos negociados na Chicago Mercantile Exchange projetavam 18,1% de chances de uma alta de 50 pontos-base na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto de março, ante 9,2% calculado há uma semana. As apostas de uma alta de 25 pontos-base estavam em 81,9%, ante 90,8% na comparação semanal.A taxa-alvo Fed Funds encontra-se no intervalo entre 4,50% e 4,75%.
Todos os índices acionários de Wall Street abriram em queda na sessão desta quinta-feira, com investidores ponderando os preços ao produtor em janeiro. Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 recuavam 0,89%, 1,10% e 1,11%, respectivamente. No mesmo horário, os rendimentos dos Treasuries de dez anos avançavam 4,0 pontos-base, a 3,849%. Mais cedo, os yields tocaram máxima desde dezembro.
O índice de preços ao produtor dos EUA avançou 0,7% em janeiro ante dezembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira pelo Departamento de Trabalho. O dado veio acima do consenso Mover, de alta de 0,4%. Na base anual, o PPI avançou 6,0%, acima do consenso, que previa alta de 5,40%.
Na sequência, os pedidos semanais de seguro-desemprego para a semana encerrada em 11 de fevereiro caíram de forma inesperada, a 194 mil, ante consenso Mover, que previa 200 mil reivindicações para a última semana, endossando tese de resiliência da economia.
As apostas em uma alta de 50 pontos-base na reunião de maio também avançavam nesta quinta, a 12,4%, ante 7,0% há uma semana. Apesar disso, 72,2% dos investidores projetavam alta de 25 pontos-base, ante 71,0% na comparação semanal.
Para junho, investidores davam chance de 46,0% de uma alta de 25 pontos-base do juro, ante 34,4% há uma semana. Já as apostas de manutenção do juro no intervalo entre 5,0% e 5,25% estavam em 40,4%, ante 50,0% há uma semana.
Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, afirmou há pouco não saber precisar se o FOMC terá de elevar o juro em uma maior magnitude na reunião do FOMC de março. Ela não vota no comitê neste ano.
