Por Luca Boni
O Ibovespa inicia a sessão desta segunda (26) em leve queda, pressionado pelas ações da Eletrobras (ELET3) e do Banco do Brasil (BBAS3), enquanto a Petrobras (PETR4) limita as perdas. Em um dia de agenda de indicadores esvaziada, investidores seguem na expectativa pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), programada para amanhã. Por volta das 10h50, o Ibovespa recuava 0,07% aos 118.894 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$13,1 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
As ON da Eletrobras, da B3 e do Banco do Brasil, cediam 2,25%, 0,90% e 1,02%, respectivamente, sendo as principais detratoras do índice, retirando mais de 190 pontos.
As ON da Locaweb, da CVC e da Méliuz, caíam 7,67%, 3,43% e 3,09%, respectivamente, figurando entre as maiores quedas percentuais do Ibovespa. As ações projetam um forte volume de negociação para a sessão.
Em uma manhã predominantemente negativa para as ações, poucos ativos que compõem o Ibovespa operavam no campo positivo. Entre as maiores altas percentuais figuravam as PN da Petrobras e as ON da CSN que subiam 2,12% e 1,95%, na mesma ordem.
As ON da Vale avançavam 0,47%. No fim de semana, matéria do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou que o governo articula uma ampliação do poder na mineradora, buscando nomear o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como CEO da empresa. Os papéis chegaram a abrir em queda nesta manhã, mas voltaram a oscilar no azul.
O dia é marcado por uma agenda de indicadores econômicos mais fraca. Mais cedo, investidores repercutiram o Boletim Focus, que mostrou a revisão das expectativas de inflação para baixo deste ano pela sexta vez consecutiva, enquanto elevaram novamente as perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023.
Para a semana, agentes de mercado aguardam com maior atenção a divulgação da ata da mais recente reunião do Copom que manteve inalterada a taxa de juros em 13,75%. Agora, o mercado busca sinalizações para um possível corte da Selic nas próximas reuniões, especialmente depois de o governo criticar o tom utilizado no comunicado da decisão.
O Ibovespa opera sem grande suporte do exterior, onde os temores por uma recessão global aumentam entre os investidores, à medida que os mais recentes dados econômicos mostram enfraquecimento das economias desenvolvidas. A isso se soma a persistência dos bancos centrais em manter uma postura agressiva no controle da inflação, que contribui para frear o crescimento econômico.