Ibovespa fecha no verde pela 5ª semana seguida

Índice é puxado por papéis de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4)

B3/ Divulgação
B3/ Divulgação

Por: Luca Boni

O Ibovespa encerrou a sessão desta sexta-feira em alta, impulsionado pelas ações de empresas ligadas a commodities, enquanto os bancos limitaram os ganhos. O alívio nos mercados externos contribuiu para os ganhos do Ibovespa, com investidores reagindo a dados econômicos divulgados nos Estados Unidos e informações sobre o avanço do debate sobre a dívida americana.
O Ibovespa avançou 0,77%, aos 110.905 pontos. A sessão registrou volume de R$17 bilhões, abaixo da média de 50 pregões. Na semana, o índice acumulou leve alta de 0,15%, registrando a quinta semana de valorização consecutiva e a melhor sequência em mais de dois anos.
As ON da Vale e as PN da Gerdau avançaram 2,28% e 3,10%, respectivamente, em linha com a alta de cerca de 4% do minério de ferro em Dalian. O Índice de Materiais Básicos avançou 2,22% e liderou a alta percentual entre os índices setoriais da B3.

As ON e PN da Petrobras subiram 1,66% e 1,32%, na mesma ordem, ajudando a impulsionar o Ibovespa. A estatal entregou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) um pedido de retomada do processo de licenciamento para a perfuração do poço Morpho 1-APS-57, na Foz do Amazonas, disse o CEO da empresa, Jean Paul Prates, no Twitter.

As ON da CVC, da Dexco e as PN da Gol ganharam 11,19%, 5,79% e 6,66%, respectivamente, figurando entre as maiores altas percentuais do Ibovespa.

Na ponta oposta, os grandes bancos pressionaram o desempenho. As PN do Itaú e as ON do Banco do Brasil recuaram 0,77% e 0,58%, na mesma ordem.

No exterior, a perspectiva de avanço nas negociações do teto da dívida dos Estados Unidos deu suporte a um alívio na leitura de risco dos investidores. Segundo a Reuters, um porta-voz do governo americano informou que espera atingir um acordo sobre a dívida americana ainda hoje.
De acordo com o chefe da mesa de operações da Ação Brasil, Idean Alves, o mercado segue animado também por conta da melhora das expectativas de inflação nos EUA e no Brasil, que deve vir mais controlada ou pelo menos ter menos pressão no começo de junho.

Os dados de inflação ao consumidor nos EUA, o PCE, mostraram uma inflação anual abaixo da taxa de juros americana em abril. Para Alves, o indicador sinaliza que a inflação, apesar de um pouco maior, começa a reagir à política monetária imposta pelo Federal Reserve. Logo, com menor pressão para novos apertos monetários, os índices de ações encontram espaço para avançar.