Ibovespa fecha em alta de 0,6% após dados da inflação americana

A bolsa encerrou em alta de 0,64%, a 106.889 pontos pelo terceiro pregão consecutivo

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Por Luca Boni

O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira em alta, na esteira da reação positiva dos mercados globais à desaceleração da inflação ao consumidor nos EUA e repercutindo a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto. Os papéis de empresas do varejo de moda, subiram após alta das Vendas do Varejo em janeiro e notícias de ajustes tributários que podem afetar concorrentes estrangeiras. As ações do setor Financeiro e da Eletrobras impulsionaram o índice.

A bolsa encerrou em alta de 0,64%, a 106.889 pontos pelo terceiro pregão consecutivo, mas testou o patamar dos 108 mil pontos na máxima do dia. No acumulado da semana o Ibovespa sobe 6,02%. O índice registrou um volume de negociação levemente acima da média de 50 pregões, atingindo os R$25,1 bilhões, o que expressa a força compradora que movimentou o mercado.

A desaceleração mais intensa do que o esperado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de março nos Estados Unidos, em conjunto com a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), reforçaram as expectativas entre os investidores sobre uma pausa no aperto monetário pelo Federal Reserve.

O tom positivo na bolsa também contou com o movimento dos mercados de juros. Tanto aqui como nos Estados Unidos a curva de juros tem mostrado alívio, sob efeito da inflação mais controlada. Além disso, algumas ações estão chamando bastante atenção pelo valuation barato, disseram gestores à Mover.

No cenário local, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje que as vendas do comércio varejista subiram 3,8% em janeiro sobre dezembro, a maior alta para o mês desde o início da série histórica.

Notícias de que o governo federal vai acabar com a regra que isenta de impostos as remessas com valor inferior a US$50 (R$250) impactou positivamente as ações de empresas do varejo de moda, pois o ajuste tarifário afeta diretamente suas concorrentes estrangeiras. As ações ON da Lojas Renner, C&A e Marisa subiram 1,72%, 3,73% e 9,23%, respectivamente.

Outro destaque são as ações ON do Banco do Brasil, que dispararam 6,96% a R$42,72, atingindo sua máxima histórica e negociando com um forte volume na sessão.

As ON da Eletrobras e da B3 ganharam 2,60% e 1,98%, na mesma ordem. As três hidratam o Ibovespa em mais de 400 pontos.

Na ponta oposta, as ON do Carrefour caíram 3,60% e lideraram as quedas percentuais do Ibovespa. Já as ações ON da Vale recuaram 2,14% e desidrataram o índice em mais de 380 pontos.