Ibovespa cai pressionado por Vale; mercado monitora audiência de RCN no Senado

Campos Neto disse há pouco que não conseguiu enxergar melhoras nas expectativas de inflação no país desde novembro

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Por: Luca Boni

O Ibovespa iniciou a sessão desta terça-feira dando sequência às perdas registradas ontem, sob pressão de ações de mineradoras e siderúrgicas com a queda da commodity no mercado global. Investidores repercutem declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta manhã.

Por volta das 10h20, o Ibovespa recuava 0,64%, a 103.283 pontos, tentando se segurar no patamar dos 103 mil pontos. O volume de negócios projetado para a sessão é de R$23,5 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Em audiência no Senado, Campos Neto disse há pouco que não conseguiu enxergar melhoras nas expectativas de inflação no país desde novembro, o que pode ser considerado uma pista sobre as próximas decisões de juros. Ele afirmou ainda que discorda que o Brasil esteja à beira de uma recessão profunda.

A ON da Vale (VALE3) recuava 1,96% , a PN da Gerdau (GGBR4), 3,04%, e a ON da CSN Mineração (CSNA3) 2,27%. Na última madrugada, o minério de ferro encerrou a sessão em queda de 1,86% na bolsa chinesa de Dalian, diante de sinais de frustração da demanda por aço na China e de queda nas bolsas no período de balanços trimestrais. O índice de Materiais Básicos da B3 caía 1,72%.

As ON da CVC (CVCB3) perdiam 4,47% e lideravam as quedas do Ibovespa, seguidas pelas ON da Méliuz (CASH3), que recuavam 3,41%.

Na ponta oposta, os grandes bancos operavam em leve alta, com exceção do Banco do Brasil (BBAS3). Mais cedo, o Santander (SANB11) divulgou lucro líquido gerencial de R$2,14 bilhões entre janeiro e março, queda de 46,6% na base anual, porém, acima do consenso Mover, de R$1,94 bilhão. O lucro societário foi de R$2,06 bilhões, recuo de 47,7% no período.

As PNA da Braskem (BRKM5) avançavam 5,13% e lideravam as altas do Ibovespa, projetando um volume de negócios 273% acima da média de 50 pregões. As ON (PETR3) e PN (PETR4) da Petrobras subiam 0,53% e 0,70%, respectivamente.