Por Luca Boni
A maioria das bolsas de Wall Street fechou a sessão desta quinta-feira (7) em queda, com as ações de tecnologia entre as maiores baixas, diante dos persistentes receios de que a política monetária siga restritiva nos Estados Unidos. Ativos brasileiros negociados em Nova York acompanharam a cautela lá fora, contaminados por dados pouco animadores na China.
Os índices S&P500 e Nasdaq 100 recuaram 0,32% e 0,72%, respectivamente, enquanto o Dow Jones avançou 0,16%. O Índice Dólar DXY subia 0,19% aos 105,03 pontos. Apesar da cautela na renda variável, por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos recuavam 7,9 pontos-base, a 4,943%, e os de dez anos, 3,2 pbs, a 4,252%.
Agentes de mercado reagiram aos números de pedidos de auxílio-desemprego semanais nos EUA, que atingiram o nível mais baixo desde fevereiro e mostraram a resiliência do mercado de trabalho americano, mesmo que outros dados recentes venham apontando para um enfraquecimento.
Em um momento de cautela já predominante no mercado, o indicador abre dúvidas sobre qual é o espaço para um menor aperto monetário pelo Federal Reserve, já que uma economia resiliente pode potencialmente se refletir na inflação.
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Investidores também repercutiram dados da balança comercial na China, que mostraram que as importações e exportações voltaram a cair em agosto. Embora os números tenham vindo melhores do que o esperado, o nível de crescimento da China continua abaixo do que os economistas previram no início deste ano.
Os dados sem grande melhora na China reforçam a cautela principalmente para emergentes mais dependentes do gigante asiático, como o Brasil. O ETF EWZ, fundo listado que replica o desempenho do Ibovespa em Nova York, caiu 1,92%. Os recibos de ações brasileiras, ou ADRs, mais líquidos também cederam, com destaque para Petrobras, Vale e Gerdau, em baixa de 2,48%, 3,23% e 1,78%, respectivamente.
No Brasil, os mercados permaneceram fechados pelo feriado do Dia da Independência.
