Por Patricia Lara
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 1,1% no primeiro trimestre, o que representou uma forte desaceleração após aumento revisado de 2,6% no quarto trimestre de 2022, segundo a primeira estimativa para esse dado divulgada pelo Departamento de Análise Econômica nesta quinta-feira. O desempenho ficou abaixo do consenso, que era de 2%.
O Índice de Preços dos Gastos com Consumo Pessoal, o PCE, métrica monitorada pelo Federal Reserve para avaliar a dinâmica da inflação, apresentou alta de 4,2% no primeiro trimestre, após alta de 3,7% no quarto trimestre. O núcleo do índice de preços PCE, que exclui variações de itens de alimentos e energia, subiu 4,9%, após aumento de 4,4% no quarto trimestre.
O aumento do PIB real refletiu aumentos nos gastos do consumidor, exportações, gastos do governo federal, gastos dos governos estaduais e locais e investimento fixo não residencial que foram parcialmente compensados por reduções no investimento em estoque privado e no investimento fixo residencial. As importações, que são uma subtração no cálculo do PIB, aumentaram.
Os dados mostraram que a economia dos EUA continuou a exibir bolsões de vitalidade, embora seu ímpeto tenha diminuído em meio ao ciclo de alta da taxa de juros no país para conter a demanda e controlar a inflação. Desde março do ano passado, o banco central dos EUA elevou sua taxa básica de juros de quase zero para pouco menos de 5%, o aumento mais rápido em décadas.
Após os dados, o juro dos títulos de um ano do Tesouro dos EUA aceleravam a alta para 7,6 pontos-base, a 4,761%. O Índice Dólar, que mede a variação da moeda ante pares, acelerava avanço para 0,19%, a 101,64 pontos. Os futuros de Nova York reduziam a alta, depois de breve reação de aceleração dos ganhos. O S&P 500 futuro subia 0,45% e o Nasdaq 100 futuro 0,85%.