Por: Patricia Lara
O Bradesco revisou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro deste ano de 1,5% para 1,8%, projetando que o forte desempenho do consumo das famílias e da agropecuária deve dar suporte para a economia.
Em relatório distribuído nesta sexta-feira, o economista-chefe Fernando Honorato citou dados de janeiro e fevereiro acima do esperado como fatores que sugerem o consumo elevado no início do ano.
“O mercado de trabalho permanece aquecido, com consequente sustentação da massa de rendimentos, impulsionando as vendas do varejo e os serviços”, diz um trecho do documento.
Segundo o Bradesco, o maior crescimento deverá favorecer a moeda brasileira, e o movimento de valorização do real pode se fortalecer com a aprovação do arcabouço e o cumprimento das metas fiscais. O banco projeta que o dólar americano encerre o ano próximo a R$5, e atinja R$5,20 no fim de 2024.
Para o time de Honorato, o câmbio deve compensar o efeito da economia mais forte sobre a inflação. O Bradesco manteve a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,2% neste ano, e em 4,0% em 2024. No relatório, o time do banco estimou que as expectativas de inflação devem seguir pressionadas pela incerteza sobre a definição da meta em junho, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá tomar uma decisão sobre o tema.
O Bradesco também está mais otimista com a economia global e revisou o PIB global de 2,5% para 2,7%. Para os Estados Unidos, o banco prevê o avanço de 1% do PIB em 2023, ante 0,5% anteriormente, diante da resiliência da atividade no país nos primeiros meses do ano. Já para a China, o banco projeta expansão de 6% neste ano.