Por Giovanni Porfírio
A ação da Dasa disparava na B3 na manhã desta segunda-feira, após a rede de laboratórios confirmar a intenção de realizar uma oferta subsequente de ações para levantar mais de R$1 bilhão.
Perto das 11h00, o papel da companhia (DASA3) subia 5,79%, a R$8,04. No mesmo horário, o índice Bovespa avançava 0,43%, a 99.251 pontos.
Em fato relevante divulgado na última sexta-feira, a companhia relatou a intenção de realizar uma oferta subsequente primária de ações ordinárias para levantar R$1,5 bilhão, com a família Bueno, que controla a companhia, se comprometendo a subscrever dois terços do montante.
A empresa engajou Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA para a potencial oferta, que deve ocorrer após a divulgação dos resultados de 2022, prevista para amanhã, 28 de março. Segundo a Dasa, o preço de emissão será de R$8,50.
Em relatório, os analistas do Goldman Sachs, Gustavo Miele e Emerson Vieira, disseram acreditar que a notícia não traz grandes surpresas, já que um potencial aumento de capital já havia sido sinalizado desde meados de março em meio a restrições de alavancagem, após movimentos de fusões e aquisições.
Eles esperam que a oferta primária reduza o endividamento da empresa, com potencial para criação de valor que poderia elevar em 17% o lucro por ação da Dasa em 2024.
“Em paralelo, não esperamos melhorias relevantes na liquidez das ações assumindo nenhum exercício de forte emissão, já que o aumento do free float proveniente da oferta de base potencial (para 17% de 12%) é impulsionado pela subscrição de uma única entidade estratégica”, destacaram.
A empresa mantém recomendação “neutra” para os papéis da companhia, com preço-alvo de doze meses a R$11,00.