Por: Fabricio Julião
As taxas de juros futuros tinham queda nos primeiros negócios desta quarta-feira, após o resultado abaixo do esperado de criação de vagas do setor privado dos Estados Unidos em março e falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento do Bradesco BBI nesta manhã.
Por volta das 10h, todas as taxas futuras negociadas renovavam as mínimas do dia, com a ponta longa recuando acentuadamente, enquanto a ponta curta apresentava queda mais moderada.
O movimento de queda ocorreu logo depois de Campos Neto reconhecer esforços do Ministério da Fazenda sobre o novo arcabouço fiscal e dizer que o BC está acompanhando a evolução da nova regra anunciada por Fernando Haddad.
Já no exterior, a pesquisa da ADP mostrou que o setor privado americano criou 145 mil empregos em março, contra expectativa de geração de 210 postos de trabalho no mês, segundo analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
O resultado reforça o receio de uma recessão na maior economia do mundo, o que aumenta a hipótese de afrouxamento na política monetária mais rígida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Segundo dados compilados de negociações na Chicago Mercantile Exchange (CME), 56,2% apostam na manutenção dos fed funds entre 4,75% e 5,00% ao ano, enquanto 43,8% acreditam em uma alta de 25 pontos-base. Ontem, as apostas estavam em 55,2% para manutenção da taxa básica americana e 44,8% para alta de 25 pbs.
Mercado monitora ainda a emissão externa de títulos da dívida pelo Brasil de 10 anos. O resultado da operação deve ser anunciado ainda hoje e demanda pelos papéis e taxa da colocação são importantes referências da percepção dos investidores sobre o país.
Veja abaixo as variações nas taxas de juros futuros no Brasil nesta manhã.