Por: Patricia Lara
As taxas de contratos de juros futuros recuam e o dólar oscila perto da estabilidade após dados de vendas do varejo doméstico em abril abaixo do esperado. O indicador antecede o principal evento do dia, a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) nos Estados Unidos. Após o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de maio, divulgado ontem, ter ajudado a consolidar a expectativa da primeira manutenção da taxa básica de juros desde março de 2022, o Índice de Preços ao Produtor do mesmo mês, que sai em instantes, atualiza a dinâmica dos preços na economia americana.
Perto das 9h08, a taxa do DI Jan/24 cedia 2pontos-base, a 13,05%, após alta na sessão de ontem O DI Jan/25 recuava 2 pontos-base, a 11,18%. A queda era mais expressiva nos vencimentos mais longos, com a taxa do DI Jan/31 cedendo 6 pontos-base, a 11,32%. Por volta de 9h15, o dólar caía 0,15%, a R$4,8558. O dólar futuro recuava 0,25%, negociado a R$4,870. O Ibovespa futuro subia 0,49%, aos 120.015 pontos. O dia conta com o vencimento de opções sobre o índice, o que pode gerar volatilidade.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) informou que as vendas no comércio varejista no país variaram 0,1% na passagem de março para abril. O consenso projetava alta de 0,3%. O setor de hiper e supermercados, o de maior peso entre as atividades, teve a maior influência positiva no mês, com alta de 10,5%, o maior crescimento do grupo desde março de 2020, segundo o instituto.
No exterior, prevalece a expectativa com a decisão do FOMC, que será anunciada às 15h00, seguida pela coletiva de imprensa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 15h30. O Banco Central americano divulgará ainda suas projeções econômicas no relatório conhecido como ‘Dot-Plot’.
Nesta manhã, os derivativos dos Fed Funds atribuem uma probabilidade de 95,3% de a taxa de juros seguir estável na faixa de 5,00% a 5,25%, segundo a ferramenta FedWatch, da Chicago Mercantile Exchange (CME). A expectativa de manutenção da taxa de juros ocorre após falas de dirigentes do BC americano sugerirem pausa no ciclo com o objetivo de mensurar os efeitos defasados do aperto monetário, além do impacto de contração de crédito na economia local.
A moeda americana novamente se depreciava no exterior, com o Índice Dólar, que mede a variação da moeda ante principais pares, em baixa de 0,22%. A taxa projetada nos títulos de 2 anos do Tesouro dos EUA cedia 2 pontos-basem a 4,65%. Os futuros do mercado acionário tinham desempenho misto, com o S&P 500 futuro em alta de 0,15%.