Dólar e DIs sobem após preocupação com a China aumentar

Confira a movimentação do mercado nesta terça (15)

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Por Fabricio Julião

O dólar e as taxas de contratos dos juros subiam nos primeiros negócios desta terça-feira (15), com a intensificação dos receios sobre a atividade econômica chinesa. No fim da noite de ontem foram divulgados novos dados industriais e de varejo do gigante asiático, que vieram abaixo do esperado pelo mercado, o que colaborou para alastrar o mau-humor ao redor do globo. 

Por volta de 9h30, o dólar à vista tinha alta de 0,23%, a R$4,9755, enquanto o dólar futuro subia 0,14%, a R$4,988. 

A moeda americana ganhava terreno frente à maior parte dos pares nesta manhã, especialmente dos emergentes, impulsionada pela busca por segurança dos investidores. Em uma cesta de 22 moedas acompanhadas pela Mover, o dólar apreciava perante a 15. O índice DXY recuava 0,12%, aos 103.050 pontos, refletindo as altas do euro, libra esterlina e franco suíço. 

No caso dos juros, as taxas dos contratos futuros iniciaram o dia em alta generalizada na curva longa, mas chegaram a inverter o movimento. Os vértices curtos operam em leve alta, em reflexo dos temores de uma atividade econômica global mais lenta, enquanto os longos oscilavam. 

No mesmo horário, os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 tinham alta de 1,0 ponto-base e 4,0 pbs, respectivamente, a 12,46% e 10,50%. Já os DIs para jan/27 avançavam 3,0 pbs, a 10,17%, enquanto para jan/31 caíam 1,0 ponto-base, a 10,99%.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a taxa de desemprego no 2º trimestre atingiu 8%, em linha com o consenso de mercado. Segundo dados da PNAD Contínua, a desocupação recuou em oito das 27 unidades federativas brasileiras no período. 

Por aqui, os investidores ficam de olho nas falas do diretor de política monetária, Gabriel Galípolo, e nas ações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ontem se disse surpreso com o poder da Câmara dos Deputados. A menção do ministro faz alusão ao andamento das pautas econômicas do governo. 

Nos Estados Unidos, os agentes financeiros digerem os dados de vendas no varejo de julho e o Índice Empire State de Atividade Industrial de agosto. Os indicadores podem ajudar a indicar os próximos passos do Federal Reserve em relação à política monetária americana, que vai impactar o diferencial de juros entre Brasil e EUA, a depender do ciclo de aperto monetário projetado por lá.