Por: Fabricio Julião
O dólar e as taxas de contratos dos juros futuros operam mais uma vez em alta nesta terça-feira. O movimento ocorre devido ao sentimento de aversão ao risco e a expectativa de aumento dos juros nos Estados Unidos neste ano, ambos ainda em voga nos mercados.
Por volta das 9h25, o dólar à vista subia 0,53%, a R$5,0886, enquanto o dólar futuro avançava 0,42%, a R$5,106.
A divisa americana se beneficiava nos primeiros negócios do dia pela alta dos rendimentos das Treasuries. Com a expectativa de juros mais elevados em uma das economias mais fortes do mundo, a procura por dólar aumenta. Além disso, em meio aos temores de crescimento econômico mundial abaixo do esperado, investidores seguem em busca por proteção.
Em uma cesta de 23 moedas acompanhada pela Mover, o dólar ganhava terreno frente a 21. Nesse contexto, o Índice DXY subia 0,11%, aos 107.149 pontos. Somente o florim húngaro e a rúpia indiana avançavam perante a moeda americana. O real figurava entre as maiores baixas do dia, junto do dólar australiano e do dólar neo-zelandês.
O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de dez anos, que balizam a leitura de risco no mundo, tinham alta de 4,6 pontos-base nesta manhã, a 4,727% – o maior nível desde 2007. Já o rendimento dos títulos de 30 anos subia 5,8 pbs, a 4,849%, na máxima desde 2010.
A alta dos rendimentos das Treasuries americanas também impulsionava a curva de DIs por aqui. O movimento ocorre mesmo com a produção industrial de agosto no Brasil ter vindo abaixo do esperado – o que, em tese, fortalece a trajetória de queda dos juros por aqui. O dado mensal variou 0,4%, ante estimativa de 0,5%, enquanto o dado anualizado subiu 0,5%, ante consenso de 0,5%.
Os DIs com vencimentos em jan/25 avançavam 0,4 pontos-base, a 11,07%, enquanto os contratos para jan/27 e jan/31 subiam 8,0 pbs, a 11,12% e 11,83%, respectivamente.