Via (VIIA3) contrata bancos para potencial oferta de ações de R$1 bilhão

Empresa enfrenta dificuldades financeiras e vai fechar até 100 lojas

Fecebook/Casas Bahia
Fecebook/Casas Bahia

Por: Artur Horta

A varejista Via (VIIA3) contratou bancos de investimento para coordenar uma potencial oferta de ações primária no valor estimado de R$1 bilhão, em meio a esforços para fortalecer a estrutura de capital, disse a companhia em fato relevante nesta quinta-feira.

A oferta poderá ser acrescida de lote de ações adicionais e, de acordo com o comunicado, os acionistas de referência Michael Klein e os fundos Twinsf e Goldentree manifestaram a intenção de exercer os respectivos direitos de prioridade na operação.

“A potencial oferta terá como objetivo captar recursos para promover a melhora da estrutura de capital da companhia, incluindo o reforço do capital de giro e o investimento em cotas subordinadas da operação de FIDC da carteira de crediário”, afirmou a segunda maior empresa de comércio do Brasil.

O comunicado confirma uma expectativa do mercado de que a Via estava prestes a anunciar um “follow -on”, já que a companhia convocou uma assembleia de acionistas pedindo o aumento do capital autorizado em 1,2 bilhão de ações, em 11 de agosto — a AGE está marcada para 1 de setembro.

A potencial oferta vem em meio a um plano de reestruturação para retomar a lucratividade da companhia, que inclui corte de custos, demissões, fechamento de lojas e um novo direcionamento estratégico traçado pelo CEO, Renato Franklin.

A dona das lojas Casas Bahia e Ponto tem lidado com seguidos prejuízos desde o ano passado, afetada pelo cenário macroeconômico restritivo de demanda e menor disponibilidade de crédito ao consumidor, com o ambiente de juros altos.

Em 2023, as ações ordinárias da Via acumulam perdas de 42,42%, tendo encerrado o pregão de quinta-feira cotadas a R$1,33 na B3.