Usiminas (USIM5) espera alta de custos e margem apertada no 2º tri

A Usiminas tem elevado o estoque de placas e deve seguir comprando o produto siderúrgico para abastecer clientes

Pixabay
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Por Artur Horta

A Usiminas (USIM5) vê indícios de alta de custos de placas e matérias-primas, o pode trazer “margens mais apertadas” para a maior fabricante de aços planos do país no segundo trimestre, disse nesta quinta-feira o diretor financeiro Thiago Rodrigues.

As principais matérias-primas da indústria siderúrgica, como coque e minério de ferro, têm apresentado uma “tendência de instabilidade e viés de alta”, afirmou o executivo durante teleconferência de resultados do primeiro trimestre com investidores e analistas nesta manhã.

“Olhando indicadores de mercado, fica claro que a tendência do preço médio do estoque de placa é de subida”, acrescentou Rodrigues.

A Usiminas tem elevado o estoque de placas e deve seguir comprando o produto siderúrgico para abastecer clientes durante a parada para reforma do Alto-Forno 3 da usina de Ipatinga, em Minas Gerais. A obra bilionária deve começar na semana que vem e durar 110 dias.

Nesta manhã, a siderúrgica divulgou os resultados do primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 544,1 milhões, acima do consenso Mover de R$ 433,5 milhões, beneficiado pelo cenário favorável de custos entre janeiro e março.

A companhia também prevê que as vendas de aço atinjam de de 900 mil a 1 milhão de toneladas entre abril e junho, ante 1,04 milhão de toneladas no primeiro trimestre. Durante a teleconferência, o diretor comercial da Usiminas, Miguel Homes, disse que a redução reflete o cenário de “juros altos e restrição de crédito no Brasil”, que tem afetado o consumo de produtos siderúrgicos.

Ainda segundo Homes, os contratos fechados com as montadoras de veículos em abril tiveram desconto de 12%.

Às 12h08, as ações preferenciais classe A da Usiminas recuavam 0,94% na B3, cotadas a R$7,39.