Eletromidia e Grupo Globo podem explorar sinergias, diz CFO

Veja a entrevista feita pela TC News

Facebook/Globo
Facebook/Globo

Por: Ana Luiza Serrão

A seguir, destaques da participação do diretor financeiro e de relações com investidores da Eletromidia, Ricardo Winandy, na TC News, nesta quinta-feira.

Ele comentou perspectivas de crescimento da companhia de mídia “fora de casa”, e falou do investimento do Grupo Globo na empresa por meio da aquisição de uma participação minoritária, realizada por meio de operações no mercado e junto aos controladores.

“É claro que o maior grupo de mídia não só brasileiro, mas da América Latina, um dos maiores do mundo, tem muito a acrescentar quando se fala de visão estratégica, de visões de longo prazo”, afirmou, sobre a entrada da Globo como sócia.

Apesar de a Globo ser um acionista minoritário na Eletromidia, com 27% do total de ações, a sua presença e proximidade cada vez maior faz com que a companhia de mídia out of home comece a vislumbrar o que as duas empresas podem fazer em conjunto, desde projetos comerciais a outras oportunidades, segundo o CFO.

“O passo mais importante foi dado, que é ter uma presença junto à companhia. Claramente, conversa com o futuro também do Grupo Globo. Eu não acho que seja um investimento meramente financeiro, esperando a valorização das ações, por exemplo; e sim um movimento estratégico que em algum momento pode ir ao controle”.

As expectativas do mercado sobre a Globo adquirir o controle da Eletromidia em breve não foram confirmadas, visto que Winandy deixa claro que não tem a resposta de quando, como e se isso vai ocorrer ou não. “Acredito que nem eles [Globo] vão ter [essa resposta] no momento”, diz.

“É importante mencionar que, no nosso conselho, também foi anunciado o CFO da Globo como um dos membros, o Roberto Marinho, como um membro observador. No nosso comitê de estratégia, está também um representante da Globo Ventures”.

BUSCA POR RECEITAS

A Eletromidia passou a ir atrás de novos anunciantes no nicho de pequenas e médias empresas, as PMEs. “É um mercado que hoje em dia, em out of home, representa menos de 10% do total de veiculação. Quando você vê a mídia digital como um todo, mais de 60% da receita deles vem desses pequenos negócios”.

“Com isso, começamos a ter acesso a uma base em um mercado que não acessamos, que tem um investimento em marketing em torno de R$25 bilhões. Então tem um potencial de até dobrar o tamanho da empresa num projeto como esse”, disse o diretor.

O Brasil está investindo mais em concessões, uma agenda que abre para o mercado nacional oportunidades de exibir publicidade em novas telas para uma audiência maior e mais sofisticada, o que pode trazer mais verba para o setor, segundo Winandy. “Tem muito potencial de crescimento”.

“Temos boas perspectivas para o segmento como um todo, e a tecnologia, cada vez mais, traz novas possibilidades, o que facilita a compra e melhora a nossa capacidade de transformar cidades”, pontuou, sobre negócios atrelados a concessões. A companhia anunciou ontem que ficou em primeiro lugar em disputa por contrato para explorar publicidade no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.