Por: Luciano Costa
A Reforma Tributária defendida pelo governo e recém-aprovada no Senado é “positiva para o país” em seu direcionamento, mas gera algum temor de aumento generalizado na tributação, disse nesta terça-feira o CEO da Cosan (CSAN3), Luis Henrique Guimarães.
Entre os pontos que levantam alerta do presidente do grupo de infraestrutura está o possível fim da atual isenção de importações de petróleo e derivados via Zona Franca de Manaus, e a alíquota prevista para o imposto sobre valor agregado (IVA).
“Nos preocupa obviamente o que foi construído e está sendo debatido sobre isenção de combustíveis e importação via Zona Franca de Manaus. E o que parece ser uma tendência de aumento de imposto generalizado, que implicaria em redução da capacidade de investimento das companhias”, analisou Guimarães, que falou sobre o assunto na teleconferência da Cosan hoje.
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“Mas acreditamos no bom senso, que vão chegar a uma equação que permita ao país ter controle fiscal”, afirmou, sobre a proposta, que voltará para análise na Câmara dos Deputados após as mudanças no texto incluídas pelos senadores.
Vale lembrar que a alíquota do IVA ainda não foi definida e será estabelecida por meio de uma lei complementar – o governo estima que ela ficará entre 25,9% e 27,5%. Em meio à aprovação do texto no Senado, parlamentares da oposição criticaram a alíquota, que pode se tornar a maior do mundo, superando a da Hungria, hoje em 27%.
“Com a inflação dando sinais de arrefecimento, a perspectiva é de que um mínimo equilíbrio fiscal possa trazer os juros mais para baixo, disse o CEO da Cosan, que também ainda criticou a possibilidade de o Brasil terminar com “a maior alíquota do mundo” de IVA. Ele pediu que o governo busque viabilizar uma “taxa competitiva”, a exemplo de outros países.
(LC | Edição: Gabriela Guedes | Comentários: equipemover@tc.com.br)
