Por: Luciano Costa
São Paulo, 1/2/2024 – As ações preferenciais da Petrobras subiam hoje, renovando máximas históricas, à medida que analistas de bancos estrangeiros aumentavam apostas em um dividendo extraordinário para os acionistas, na sequência de uma reunião com a diretoria da companhia em Nova York.
Por volta das 14h25, os papéis preferenciais da companhia subiam 2,60%, a R$41,50 por papel, perto da máxima intradiária, de R$41,88, e aparecendo entre as maiores altas percentuais do Ibovespa. O papel também era o principal contribuidor ao Ibovespa, adicionando 286,1 pontos ao índice. No mesmo horário, o principal índice da bolsa brasileira subia 0,13%, a 127.912 pontos.
Em relatório, a equipe do J.P.Morgan apontou que durante a reunião em NY, a diretoria e o CEO da estatal, Jean Paul Prates, comentaram que “tanto os acionistas minoritários quanto o controlador esperam que a Petrobras continue a pagar elevados dividendos”.
“Isso é um ponto muito importante, uma vez que aumenta as possibilidades de dividendos extraordinários maiores”, escreveram os analistas Rodolfo Angele, Milene Carvalho e Henrique Cunha.
O time do Goldman Sachs, que também esteve no encontro, disse ver espaço para a Petrobras pagar até US$7 bilhões em proventos extraordinários junto com o balanço do quarto trimestre de 2023. “Mas reconhecemos que o valor pode ser menor, dependendo de quão conservadora será a diretoria com a gestão do caixa”.
O banco americano continua com recomendação de compra para os papéis preferenciais da petrolífera, com preço-alvo de R$41,0, superado nesta quinta-feira pela primeira vez pelas ações da companhia.
Entre os riscos para a tese de investimento na empresa, o Goldman Sachs citou uma possível queda dos preços do petróleo, apreciação do real, frustração de expectativas de produção e chances de alguma intervenção do governo na empresa.
No acumulado de 12 meses, as ações PN da Petrobras valorizam cerca de 104%, com o mercado aumentando o otimismo com os papéis conforme a gestão de Prates mostra certo pragmatismo, sem alterações radicais nas políticas da empresa. Às vésperas das eleições presidenciais de 2022, os papéis chegaram a operar perto dos R$16, com preocupação de investidores em torno de possíveis mudanças na empresa com o novo governo.
(GP | Edição: Luciano Costa | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)