Petrobras (PETR4): Goldman Sachs eleva papel para "compra" e preço-alvo das ações

Entenda mudança na análise do papel

Agência Brasil
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Por Luciano Costa

As ações da Petrobras (PETR4) têm sido negociadas em patamar atraente, que embute significativo potencial de valorização, apontaram analistas do Goldman Sachs em relatório nesta terça-feira (21). O banco americano também elevou a recomendação dos papéis de “neutra” para “compra” e projetou um preço-alvo maior para o final do ano.

Na visão da equipe do Goldman, liderada por Bruno Amorim, os papéis preferenciais da Petrobras podem encerrar 2023 em R$41, ante alvo de R$28,10 citado em relatório de 1 de junho. Hoje, as ações PN da estatal avançaram 0,33%, a R$30,52 cada.

Com o relatório divulgado hoje, o banco americano se junta a outros investidores que têm começado a mostrar maior otimismo com a Petrobras, após preocupações iniciais com sinalizações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As ações da companhia avançam 85% em 12 meses e 48% neste ano, com salto de 24% apenas em junho.

O time do Goldman citou redução dos riscos no radar da empresa após a divulgação da nova política de preços dos combustíveis, que ainda guarda relação com o mercado internacional, e com sinais do governo de que os dividendos poderão seguir acima do mínimo obrigatório de 25%.

“Embora reconheçamos que a visibilidade ainda é limitada, acreditamos que esses anúncios reduzem ao menos em parte a possibilidade de um cenário pior, que era esperado por alguns investidores”, escreveu o banco no relatório.

Os analistas destacaram ainda que, se considerados múltiplos que medem a relação entre o valor da companhia e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), as ações da Petrobras estão baratas na comparação com rivais: são negociadas a 2,5 vezes o EV/EBITDA em 2023, o que representa um desconto de 30% ante outras petroleiras globais.

O atual nível de desconto dos papéis, inclusive, está acima da média vista desde 2017, de 23%, acrescentaram os analistas, apontando ainda que o múltiplo EV/EBITDA da estatal está 40% abaixo da média da própria empresa na última década.