Por: Artur Horta
A centenária produtora de papel e celulose Klabin (KLBN11) observou um recuo em todas as linhas do balanço no terceiro trimestre, pressionada por menores vendas e preços realizados, em meio ao ambiente de atividade econômica incerta em diversos mercados.
No período, a companhia registrou lucro líquido de R$245,0 milhões, queda de 88% na base anual e abaixo do TC Consenso de R$417,5 milhões. Em relação ao trimestre anterior, o resultado recuou 75%, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira.
“Há elevada incerteza no mercado local em decorrência dos desafios trazidos pelo cenário internacional”, disse a Klabin, mencionando riscos altistas para a inflação e manutenção de taxas de juros elevadas nos Estados Unidos, além da fraca atividade econômica na Europa.
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A receita líquida foi de R$4,40 bilhões, queda de 20% na base anual, próxima à expectativa de R$4,29 bilhões. Já o EBITDA ajustado foi de R$1,35 bilhão, recuo de 41% no trimestre, mas acima do consenso de R$1,30 bilhão.
Segundo a companhia, os números refletem “o menor volume de vendas, redução nos preços de kraftliner e celulose e da valorização do real frente ao dólar no período”. A maior produtora e exportadora de papéis do Brasil registrou vendas de 967 mil toneladas entre julho e setembro, queda de 5% na base anual e alta de 13% na trimestral.
A Klabin disse ter direcionado maiores volumes para a China, onde os preços ficaram mais altos, enquanto a demanda se intensificou e os estoques caíram. “Esse movimento é fruto da melhora dos vários segmentos de papéis, assim como do consumo de fibras dos produtores integrados, que reduziram a produção própria de fibras de alto custo”, avaliou.
