Por Artur Horta
As ações da ExxonMobil operavam em alta no pré-mercado de Nova York desta terça-feira, após a maior petroleira dos Estados Unidos ter reportado um balanço financeiro acima das expectativas de Wall Street no quarto trimestre, ainda que ajustes tenham impulsionado o resultado, que atingiu um recorde histórico se considerado todo o ano de 2022.
Por volta das 09h50, os papéis da companhia avançavam 0,23% na Nyse, a US$113,82, depois de terem chegado a subir mais de 1% pouco antes na sessão.
No quarto trimestre, a petroleira texana registrou lucro ajustado de US$3,40 por ação, acima do consenso de US$3,30 e alta de mais de 60% frente aos US$2,05 do mesmo período de 2021. O resultado líquido, no entanto, foi de US$3,09 por ação, contra US$2,08 no ano anterior. Já a receita líquida alcançou US$95,4 bilhões, acima da expectativa de US$94,7 bilhões e com alta de 12,3% em base anual.
Os números incluem itens “desfavoráveis” de US$1,3 bilhão, segundo a petroleira. Tarifas adicionais sobre a operação da Europa, baixa contábeis de ativos e a marcação a mercado de derivativos foram apontadas entre as principais causas do ajuste bilionário, que foi parcialmente compensado por desinvestimentos.
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No acumulado de 2022, a ExxonMobil reportou um balanço recorde, com um lucro histórico de US$55,7 bilhões – ou US$6,7 milhões de dólares por hora, segundo cálculo da Reuters. O desempenho, com salto de 32,7% frente a 2021, foi embalado pelos maiores preços das commodities energéticas desde o estouro da guerra na Ucrânia.
O CEO e presidente do conselho da petroleira, Darren Woods, reconheceu em trecho do balanço que os números foram “claramente beneficiados por um mercado favorável”.
O executivo, no entanto, disse que investimentos contra-cíclicos feitos antes e durante a pandemia promoveram a energia e os produtos que as pessoas demandavam quando a economia começava a se recuperar e a cadeia de suprimentos permanecia apertada.
Em 2023, a ExxonMobil vai continuar a investir em projetos para “gerar crescimento lucrativo, ajudar a atender às crescentes necessidades da sociedade e reduzir as emissões”, acrescentou Woods.
