Por: Luciano Costa
A rede de saúde integrada Dasa oficializou nesta terça-feira o pedido para realização de uma oferta pública primária de ações que pode levantar no mínimo R$1,5 bilhão e deve ser precificada em 18 de abril.
A oferta subsequente, que será coordenada por Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA, envolverá inicialmente 176,47 milhões de novas ações ordinárias (DASA3) e poderá ser acrescida em até 46,67% para atender eventuais excessos de demanda.
A família Bueno, controladora da companhia, se comprometeu a exercer parcialmente o direito de preferência na oferta, subscrevendo ações no valor total de R$1,0 bilhão. Ainda haverá garantia firme de subscrição pelo BTG Pactual de até R$500,0 milhões.
No âmbito da operação, a Dasa ainda garantirá aos participantes do negócio um bônus de subscrição, dando direito a cada investidor de subscrever uma nova ação para cada lote de 10 novas ações emitidas na oferta.
Os recursos líquidos obtidos com a transação serão destinados para reforço de caixa, segundo a companhia, que havia antecipado ainda em março a intenção de realizar o aumento de capital.
Para os analistas do Santander Investment Caio Moscardini e Guilherme Gripp, a oferta primária é positiva para a tese de investimento na companhia, por melhorar o perfil de alavancagem e pelo potencial aumento da liquidez das ações.
O follow-on de R$1,5 bilhão poderia reduzir a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA, para 2,8 vezes no segundo trimestre e 2,7 vezes no final de 2023, de 3,8 vezes no final de 2022, estimaram os analistas em relatório de 26 de março.