Cemig (CMIG4): Ambiente está favorável para privatização, diz CEO

"Temos que trabalhar para conseguir essa aprovação seja imediata", disse o CEO

Pixabay
Pixabay

Por Luciano Costa

O presidente do conselho de administração da Cemig (CMIG4), Márcio Luiz Simões Utsch, disse em teleconferência nesta segunda-feira (27), que a privatização da companhia deve acontecer até o final do mandato do governador mineiro, Romeu Zema (Novo-MG).

“Qual é minha visão? Eu acho que [a privatização] vai, porque agora temos um ambiente mais favorável”, afirmou Utsch sem estipular uma data específica para a privatização.

Para ele, andamento do processo de venda da Cemig dependerá do governo estadual e de negociações com a Assembleia Legislativa, que precisa aprovar a medida dispensando a necessidade de plebiscito sobre a operação. Utsch afirmou que a companhia se prepara para avançar assim que possível com o tema, que será prioridade.

“É uma coisa um pouco demorada, nós temos que trabalhar demais para conseguir que essa aprovação seja imediata, mas não está em nossas mãos”, afirmou Utsch. Segundo ele, a direção da Cemig é “amplamente favorável” à desestatização, e atuará junto ao governo para explicitar motivos pelos quais ela seria positiva para os mineiros.

A Cemig estará mais focada nas discussões sobre a desestatização neste ano, após ter fechado a venda de suas participações em ativos problemáticos como Renova Energia e Light, defendeu Utsch. “Era uma loucura isso dentro da Cemig, consumia nossa agenda. Fomos limpando essas pautas… e isso permite à gente voltar mais o trabalho para a privatização”.

O diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, destacou ter opinião pessoal favorável à privatização, destacando que isso geraria ganhos de valor. “Esse processo de criação de valor se aceleraria ainda mais com um movimento de virar corporação e a empresa ser privatizada. Isso é positivo para a companhia, ela se livraria de uma série de amarras de gestão”.