B3 (B3SA3), Braskem (BRKM5), Vale (VALE3) e outros destaques do dia

Saiba o que pode movimentar o pregão nesta quarta-feira

B3/Divulgação
B3/Divulgação

Por: Artur Horta

São Paulo, 14/6/2023 – A seguir, as principais notícias corporativas que podem influenciar o pregão de hoje na B3.

DESTAQUES

Construtoras – O Conselho Curador do FGTS deve aprovar na próxima semana aumento do subsídio para beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida de R$47,5 mil para R$55 mil. Além disso, técnicos aprovaram valor máximo do imóvel de R$350 mil na faixa 3, R$264 mil na faixa 2 e R$190 mil na faixa 1. O governo ainda avalia elevar o limite de renda familiar para adesão, para R$10 mil ou R$12 mil. (O Globo)

Braskem – A Petrobras espera se tornar controladora da petroquímica e pode cobrir a oferta de R$10 bilhões da Unipar, em esforço para agregar valor aos seus produtos por meio das plantas da companhia, disseram fontes. Outra alternativa estudada pelo governo envolveria a Petrobras mantendo 36% da Braskem, para voltar a ter negócios no setor, o que ainda poderia evitar questionamentos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). (Estado/Poder 360)

Casino – O grupo varejista francês recebeu uma nova oferta de aumento de capital de até 1,1 bilhão de euros de um grupo de empresários, semelhante à proposta feita pelo acionista tcheco Daniel Kretinsky. (Dow Jones)

3R Petroleum – A petroleira produziu 22.346 barris de óleo equivalente por dia em maio, ante 25.002 boed no mês anterior, com o recuo atribuído a uma interrupção temporária no Polo Papa Terra. (Mover)

TC – O investidor Rafael Ferri, um dos fundadores e principais acionistas da plataforma para investidores, deve vender fatia equivalente a 14,99% da companhia em uma operação em bloco agendada para esta quarta-feira, ao preço de R$1 por papel, após ter anunciado em fevereiro que deixaria a empresa. O TC controla a Mover, agência de notícias da plataforma. (Mover)

NEGÓCIOS

Porto Seguro – A terceira maior seguradora do Brasil sofreu derrota no julgamento de um recurso da controlada Azul perante o Supremo Tribunal Federal, em processo sobre a incidência de Cofins sobre receitas operacionais de seguradoras. A companhia não estimou impactos, mas disse ter provisão de R$786 milhões em depósitos judiciais por processos sobre Cofins e PIS. (Mover)

B3 – A administradora da bolsa de valores brasileira registrou volume médio diário de negociação de ações de R$27 bilhões em maio, recuo de 10,9% na comparação anual. A receita média por contrato derivativo recuou 30% na base anual, para R$1,50. A bolsa encerrou o mês com 5,29 milhões de investidores ativos, aumento de 21,5% em um ano. (Mover)

Carrefour – A maior rede varejista de alimentos do Brasil assinou contrato para vender um imóvel na zona sul de São Paulo à Tegra Incorporadora, que visa potencial desenvolvimento de empreendimento no local. Não foram revelados valores e nem detalhes sobre o negócio. (Mover)

Bancos – A Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que permite aos participantes de planos de previdência complementar aberta usarem os valores depositados como garantia para empréstimos bancários. A proposta seguirá para o Senado. (Mover)

Educacionais – A Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou o projeto que altera o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) para conceder o benefício aos cursos de mestrado e de doutorado. A proposta segue para exame da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). (Mover)

CPI DA AMERICANAS

⏰ A seguir, destaques de depoimento do atual CEO do grupo, Leonardo Coelho, durante sessão na Câmara dos Deputados.

Fraude – Um relatório de assessores jurídicos contratados pela varejista indicou que a diretoria anterior vinha fraudando balanços para melhorar artificialmente os resultados, impossibilitando a determinação do correto grau de endividamento. O documento indica a participação do ex-CEO Miguel Gutierrez e outros executivos nas irregularidades. (Mover)

Balanço “sombra” – Ex-diretores da empresa escondiam números reais do balanço em documentos com a “Visão Interna”, enquanto dados adulterados foram batizados como “Visão Conselho”. Na “Visão Interna”, o EBITDA de 2021 foi negativo em R$733 milhões; na “Visão Conselho” foi positivo em R$2,89 bilhões. (Mover)

Provas ocultadas – As apurações feitas até o momento não mostram ligação do conselho e nem de acionistas da varejista com as fraudes, mas as investigações continuam e qualquer pessoa envolvida sofrerá medidas judiciais. (Mover)

Auditorias – Empresas de auditoria que apoiavam a elaboração dos balanços também receberam documentos falsificados, mas a PwC chegou a trocar emails com executivos da Americanas sobre a redação de uma carta em que a varejista negou fazer uso de operações conhecidas como “risco sacado”, enquanto a KPMG teria alterado uma carta de controle pós-auditoria após pedido da empresa. (Mover)

Documentos – As investigações apontam que executivos da varejista teriam trocado mensagens nas quais admitiam que uma alavancagem acima de 3,5 vezes representaria “morte súbita” para a empresa, o que justificaria as manipulações de balanços. As fraudes, assim, geraram lucros fictícios, que depois foram distribuídos em dividendos e renderam pagamento de bônus a executivos. (Mover)

Demissões – A centenária varejista identificou cerca de 30 pessoas envolvidas nas fraudes e já iniciou processo para demissão dos envolvidos. A companhia busca agora garantir a continuidade das operações, e fechamentos de lojas podem ocorrer, mas dentro da normalidade. (Mover)

Operações – Depois da recuperação judicial, a Americanas passou a pagar mais de 70% dos fornecedores à vista ou de forma antecipada. No ano passado, a companhia praticava prazos de pagamento de em média 150 dias. (Mover)

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Petrobras – A estatal de óleo e gás ainda não decidiu se irá desinvestir de sua participação na petroquímica Braskem ou se irá aumentar a fatia no ativo. A atuação no setor petroquímico foi definida como elemento estratégico no Plano de Negócios 2024-2028 e a estatal analisa alternativas para execução do plano. (Mover)

Unipar – A segunda maior produtora de PVC do país avalia que a venda de uma das fábricas como possível “remédio” na compra da Braskem não teria impacto relevante em seu resultado, disseram fontes. (Estado)

MERCADO DE CAPITAIS

Vale – A segunda maior produtora global de minério de ferro aceitou o valor principal de US$274,8 milhões na oferta de recompra de títulos corporativos (bonds) com vencimento em 2026. (Mover)

Vamos – A líder em locação de caminhões, máquinas e equipamentos do Brasil iniciou oferta de distribuição de R$250 milhões em debêntures. (Mover)

SOCIETÁRIAS

GPA – A Moerus Capital Management passou a deter 4,92% da quarta maior varejista de alimentos do Brasil. (Mover)

Dexco – A Fidelity Investments passou a deter 4,98% do capital da maior produtora de painéis de madeira industrializada do Brasil. (Mover)

Aliansce Sonae – Fundos da Squadra Investimentos atingiram participação de 4,78% na maior administradora de shopping centers da América Latina. (Mover)

PROVENTOS

Shell – A centenária petroleira anglo-holandesa anunciou elevação de 15% nos dividendos por ação a partir do segundo semestre, bem como uma recompra de ações de ao menos US$5 bilhões. (Mover)

CALLS

Porto – Após dados operacionais referentes a abril acima das expectativas, o BTG Pactual passou a recomendar ‘compra’ dos papéis da seguradora, elevando o preço-alvo de R$30 para R$25, enquanto a Genial também elevou de R$33,10 para R$34,70. O Itaú BBA, por sua vez, colocou as ações da empresa entre as que mais têm atraído apostas de investidores. (Mover)