Por: Luciano Costa
A Alupar iniciou obras de um importante linhão de energia em Roraima, em parceria com a Eletrobras, enquanto aposta também no exterior, com negócios que entregarão retornos “muito bons” e em dólares, disse à Mover o gerente de Relações com Investidores, Luiz Coimbra.
No projeto em Roraima, orçado em cerca de R$3 bilhões, a companhia assinou acordo com a Eletrobras pelo qual 79% de todos os novos aportes no empreendimento serão investidos pela ex-estatal. Originalmente, a Alupar seria majoritária no ativo, com 51%. “A Alupar vai sendo diluída gradualmente”, explicou o executivo.
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“É uma linha emblemática para a Alupar, mas também para o setor. E agora estamos dando o pontapé inicial. É um marco importante, é a interligação de Roraima ao sistema elétrico interligado do Brasil. O mercado inteiro estava esperando iniciar”, disse Coimbra.
Ele também destacou novos negócios da Alupar no Chile e no Peru, onde a companhia venceu leilões de transmissão. “Os dois projetos dão US$80 milhões em investimentos, e gerarão US$10 milhões em receita anual”, disse Coimbra. “Não são ativos grandes, mas são ativos com retornos muito bons e em dólar”.
Os negócios no exterior vêm em momento em que a forte competição nos leilões para novos projetos de transmissão de energia comprime retornos. A Alupar não arrematou projetos nas últimas licitações domésticas.
DIVIDENDOS
A Alupar deve ampliar o nível de proventos no quatro trimestre, de modo a cumprir sua política de distribuição de ao menos 50% dos lucros, disse Coimbra. “Estamos com ´payout´ no ano de quase 23% do lucro regulatório. Então, como na política tenho que pagar 50%, vamos acelerar”.
Segundo ele, os proventos devem ficar mais uniformes a partir de 2024, após desembolsos elevados no início deste ano postergarem as distribuições para a reta final do ano.
Ontem à noite, a Alupar reportou os resultados do terceiro trimestre, período em que registrou lucro líquido regulatório de R$163,4 milhões, avanço de 11,6% ano a ano.
