São Paulo, 23/07/2024 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu hoje o processo de privatização da Sabesp, companhia paulista de saneamento, afirmando que o Estado embolsou valor significativo com a operação e ainda vai lucrar nos próximos anos com a valorização da participação minoritária mantida na empresa.
“Não é nenhum exercício vão pensar que essa ação vai chegar a R$120”, disse Freitas, em discurso após cerimônia que oficializou a conclusão da desestatização, citando perspectivas de que a base de ativos da empresa possa dobrar nos próximos anos, com maiores investimentos. “A Sabesp a partir de hoje está livre para voar mais alto”.
As ações ON da Sabesp negociavam a R$87,36 por volta de 11h50 desta terça-feira. Os papéis valorizam mais de 60% em 12 meses, embalados pelas perspectivas de mudanças pós-privatização.
Pelo formato da operação, defendido hoje pelo governador, o Estado de São Paulo manterá 18% da empresa, de 50,3% anteriormente, com 32% das ações vendidas no mercado. A Equatorial Energia, definida como investidor de referência no processo, terá 15%, e outros investidores adquiriram o restante de forma pulverizada, em oferta pública.
“Quando chegar a R$120 (a ação), os 18% (que o Estado mantém na Sabesp) vão estar valendo a mesma coisa que os 32% “vendidos”, destacou Tarcísio.
Ele destacou também os R$14,8 bilhões arrecadados pelos cofres estaduais com o negócio. “Excelente para o fiscal”.
Para o governador, críticas ao formato da desestatização são de “pessoas que não entendem algumas questões de mercado”.
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EQUATORIAL
O presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, disse que o compromisso do grupo é transformar a Sabesp “em uma grande plataforma nacional de investimentos em saneamento”, e elogiou a capacidade dos técnicos da companhia.
“De nossa parte, trazemos ampla experiência em operar ativos de infraestrutura, realizar investimentos com eficiência e evoluir na qualidade da prestação do serviço e atendimento aos clientes”, afirmou ele, em dicurso no evento de privatização.
“Somos uma corporação 100% nacional, com grande experiência em concessões, e estamos em 15 Estados, com experiência em concessões de alta complexidade, com desafios de melhorar indicadores de qualidade e executar programas de univeralização de acesso. Temos um histórico relevante de recuperação de ativos com baixa eficiência”, acrescentou.
A Equatorial começou suas operações no setor elétrico, com a compra por valor simbólico da concessão da distribuidora de energia Cemar, no Maranhão. Depois, o grupo expandiu adquirindo concessionárias no Pará, Piauí, Alagoas, Amapá e Goiás, e entrou em saneamento com um contrato no Amapá.
“Do ponto de vista do mrcado, temos uma imagem sólida, com alta liquidez de nossas ações, e grande acesso a fontes de financiamento a custos atrativos. Tais condições serão fundamentais para financiar projetos de expansão da cobertura da Sabesp, que demandarão volume expressivo de recursos”, completou Miranda.
(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)
