Ação da Copel pode subir mais de 30% após privatização, diz Morgan Stanley

Banco americano eleva papel de "neutro" para "compra"

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Por Ana Luiza Serrão

As ações preferenciais da Copel (CPLE6), que acumulam alta de mais de 13% no ano, têm potencial para ganhos adicionais de mais de 30%, projetou o Morgan Stanley, que vê a elétrica embalada por ganhos de eficiência esperados depois de sua recente privatização pelo governo do Paraná.

Copel PNB encerrou o pregão de hoje com alta de 1,35%, a R$9,00, ajudada pelo relatório do banco americano, que elevou o preço-alvo dos papéis PNB de R$9 para R$12, alterando a recomendação da empresa de “neutra para “compra”. O Ibovespa encerrou em baixa de 0,39%, a 117,8 mil pontos.

A atualização do preço-alvo contempla os resultados da capitalização da companhia, parte da desestatização, concluída em agosto, bem como o esperado pagamento de R$3,7 bilhões ao governo federal em troca da renovação de concessões de hidrelétricas, processo que proporcionar criação de valor de R$0,8 por ação, segundo a equipe do Morgan Stanley.

Os analistas Miguel Rodrigues, Fernando Amaral e Bruno Oyamata estimam ainda reduções de 15% em despesas gerenciáveis no segmento de distribuição e de 20% na geração e transmissão, a serem capturadas pela Copel até 2026, de forma gradual.

Em um cenário mais otimista, com melhorias macro e operacionais além do previsto, as ações PNB da Copel poderiam encerrar 2023 a R$14, segundo o BofA, enquanto a projeção mais pessimista aponta para R$7, em caso de deterioração da economia.

Entretanto, o Morgan Stanley vê riscos para a Copel devido a discussões sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo governo federal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra regras da privatização da Eletrobras que limitam o poder de voto da União na companhia.

“Uma vez que a Copel tem restrições similares ao poder de voto, isso tem sido percebido como um risco para as ações de ambas as companhias”, escreveram, em referência a Copel e Eletrobras.