Por Sheyla Santos
O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta-feira (16) esperar que o início do ciclo de corte da taxa de juros brasileira abra uma janela para gerar aprovações e desembolsos a projetos apresentados ao banco de fomento.
Em coletiva de apresentação dos resultados do BNDES deste ano, Barbosa afirmou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar, ainda neste mês, a redução do custo de crédito voltado a projetos de inovação.
No primeiro semestre, o BNDES desembolsou R$40,6 bilhões, aumento de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, o banco de fomento registrou lucro líquido de R$9,5 bilhões e lucro líquido recorrente – que exclui eventos de caráter esporádico e não permanente – de R$3,7 bilhões.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (PT), o banco poderá encerrar o ano com R$120 bilhões em desembolsos. Ele também falou sobre os financiamentos internacionais que o banco tem negociado, destacando que deve assinar na semana que vem US$500 milhões com o banco de desenvolvimento da China.
“O BNDES tem hoje US$6,2 bilhões em carteira já negociados ou em processo de assinatura”, afirmou.
ELETROBRAS
Mercadante também falou sobre a Eletrobras (ELET3) e defendeu a maior representação do governo no conselho de administração da elétrica privatizada no ano passado. “O BNDES tem empréstimos de R$40 bilhões e 43% das ações da empresa, no entanto, temos um representante no conselho”, reclamou.
“Na hora da crise, quem é acionado é o Estado para aportar recursos e resolver problemas. Queremos respeito, como qualquer outro investidor, ao espaço que temos direito de ter na empresa”, reivindicou.