Por Reuters
Um Federal Reserve unido concordou em manter a taxa de juros na reunião de junho como uma forma de ganhar tempo e avaliar se seriam necessários novos aumentos, mesmo que a grande maioria esperasse que seria necessário apertar ainda mais a política monetária, de acordo com a ata da reunião divulgada nesta quarta-feira (5).
Enquanto “alguns participantes” quiseram aumentar os juros em junho porque o progresso no arrefecimento da inflação estava lento, “quase todos os participantes julgaram apropriado ou aceitável manter” a taxa básica na atual faixa de 5% a 5,25%, disse a ata.
“A maioria desses participantes observou que deixar a taxa inalterada nessa reunião lhes daria mais tempo para avaliar o progresso da economia”, na direção de levar a inflação para 2% desde o seu nível atual, que é mais do que o dobro disso.
A ata adicionou detalhes ao comunicado da decisão e às projeções econômicas divulgadas após a reunião de 13 a 14 de junho, quando o Fed interrompeu uma série de 10 aumentos de juros com a decisão pela manutenção.
Embora as previsões da equipe do Fed ainda apontem uma “recessão leve” neste ano, as autoridades de política monetária avaliaram dados que mostram um mercado de trabalho ainda apertado e apenas melhorias modestas na inflação.
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As projeções divulgadas após a reunião de junho mostraram que 16 das 18 autoridades ainda esperavam que a taxa básica de juros precisaria subir pelo menos mais 0,25 ponto percentual até o final do ano.
Nesse contexto, o chair do Fed, Jerome Powell, disse em coletiva de imprensa após a reunião que a decisão marcou uma mudança de estratégia, com o banco central focado mais em quanto aperto adicional de política monetária pode ser necessário e menos em manter um ritmo constante de aumentos.
“Alongar-se em um ritmo mais moderado é apropriado para permitir que se faça esse julgamento” ao longo do tempo, disse Powell.
Os investidores em contratos vinculados à taxa de juros acreditam que o Fed provavelmente aumentará a taxa básica em 0,25 ponto, para uma faixa entre 5,25% e 5,5%, em sua reunião de 25 a 26 de julho.
