Por Leandro Tavares
O Itaú BBA revisou para cima a alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023, passando de 2,5% para 2,9%. A instituição também elevou a projeção de crescimento, de 1,5% para 1,8%, para 2024, após a ‘surpresa positiva’ da economia no segundo trimestre.
No trimestre passado, a economia brasileira cresceu 0,9% em comparação ao primeiro trimestre do ano, acima da projeção de analistas, que esperavam um avanço de 0,3% no período.
Em relatório divulgado nesta quarta-feira (13), o banco ressaltou que o consumo das famílias deve continuar impulsionando o crescimento da economia brasileira, em meio à resiliência do mercado de trabalho.
No caso da inflação, que tem sido motivo de preocupação mundial, o BBA também reduziu para baixo os números para este e o próximo ano, passando de 5,1% para 4,9% e de 4,3% para 4,1%, respectivamente.
A instituição destaca que, ao longo do ano, o processo de desinflação tem sido liderado por itens comercializáveis, na esteira da normalização dos estoques e da queda de preços de commodities em reais. Porém, nas últimas leituras houve também alívio no segmento de serviços, considerado item importante nas decisões dos bancos centrais.
Em relação a taxa de juros, o BBA espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie um corte de 50 pontos-base da Selic na semana que vem. A expectativa é de que haja unanimidade para manutenção do ritmo e, portanto, sem abrir espaço para discussão de aceleração do ritmo de cortes no curto prazo.
“A dinâmica mais benigna da inflação de serviços, no entanto, assim como a esperada desaceleração da economia, que deve ficar mais evidente ao longo da segunda metade do ano, devem permitir cortes maiores na virada do ano, bem como um ciclo mais profundo”, diz o relatório.
Diante dessa expectativa, o banco revisou a taxa Selic para 2023 de 11,75% para 11,50%, enquanto para 2024 passou de 9,50% para 9%.