IPCA-15 tem deflação de 0,07% em julho, queda é maior que a esperada

Mercado estimava um leve recuou de 0,01% nos preços

Pixabay
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Por Bruno Andrade – Atualizada às 9h41

A prévia da deflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em -0,07% em julho, mostra pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25).

A queda ficou maior que a esperada pelo mercado, visto que a expectativa era de uma deflação de 0,01%. A baixa foi puxada pelo setor de energia elétrica residencial, segundo o IBGE, a conta de luz ficou 3,45% mais barata.

“Ainda assim, alguns lugares ficaram com a conta de energia mais cara, como Curitiba (1,62%), com reajuste de 10,66% a partir de 24 de junho; Belo Horizonte (0,98%), com reajuste de 14,69% a partir de 28 de maio”, explicou o IBGE.

Além da conta luz, houve queda de 0,40% no setor de alimentos, que deve-se, principalmente, à deflação da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia recuado em junho.

Em 2023, o IPCA-15 acumula alta de 3,09%. Em 12 meses até julho, o indicador avança de 3,19%.

O número é divulgado uma semana antes do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidir se começará o corte de juros ou não. Segundo André Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital, as apostas do mercado passaram a ser de um corte de 0,5 ponto percentual já na próxima semana.

“A reação do mercado foi imediata na abertura do mercado futuro, vimos a curva de juros fechando mais (caindo), e as apostas nas opções do COPOM se destacando o corte de -0,50% na taxa SELIC na próxima reunião, que saiu de 47% de probabilidade para 63%”, afirmou Fernandes.