Por Sheyla Santos
O Ministério da Fazenda revisou nesta quarta-feira (19) a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 para 2,5%, ante 1,9% estimado em maio. Já a projeção da inflação para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi revisada para baixo, a 4,85%. Em maio, era de 5,58%.
Segundo a Fazenda, a melhora no PIB foi motivada pelo resultado do índice no primeiro trimestre, puxado pela agropecuária, e desempenho acima do esperado para alguns subsetores de serviços e indústria. “Mais de 40% do crescimento esperado para o ano se deve à dinâmica do setor agropecuário.”
A expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação, também colaborou para a estimativa mais otimista. Para os demais setores produtivos, o cenário projetado segue considerando desaceleração frente ao ano anterior, ainda “em repercussão à política monetária contracionista e ao menor ritmo de crescimento global”, de acordo com a secretaria no Boletim Macrofiscal.
A expectativa de inflação foi revisada para baixo repercutindo as surpresas positivas com a divulgação do IPCA de abril e maio; o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e ônibus urbano, segundo o Boletim Macrofiscal de julho.
A Fazenda estima que a Dívida Bruta do Governo Central será 76,67% do PIB em 2023. A última projeção disponível era de 77,09%. Já a projeção de déficit primário para 2023 é de R$101,75 bilhões, ante os R$100,7 bilhões previstos em maio.
Os dados são do Boletim Macrofiscal, relatório com expectativas do mercado divulgadas pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.