Déficit primário do Governo Central alcança R$ 45,22 bi em junho

O déficit primário acumulado no ano até junho atingiu R$42,5 bilhões

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Por Gustavo Machado

No mês de junho de 2023, o Governo Central do Brasil apresentou um déficit primário de R$45,22 bilhões, superando as expectativas iniciais do mercado. A pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda previa um déficit de R$34,10 bilhões. É o segundo mês consecutivo que o Governo Central registra um rombo acima de R$45 bilhões.

O Tesouro Nacional e o Banco Central foram os únicos órgãos a registrar superávit, no valor de R$6,5 bilhões. Já a Previdência Social (RGPS) contribuiu significativamente para o déficit, apresentando um resultado negativo de R$51,7 bilhões.

O órgão diz que a arrecadação de receitas administradas, como o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), também sofreram queda, influenciada por alterações na legislação tributária e pagamentos atípicos durante o período. A redução real da receita líquida também foi impactada entre o ano passado e este , e foi gerada, principalmente, pela concessão da Eletrobras no valor de R$27,5 bilhões em junho de 2022 e pelo pagamento de dividendos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no montante de R$19,5 bilhões no mesmo período.

Por outro lado, as despesas totais aumentaram, principalmente devido ao pagamento de benefícios previdenciários, incluindo o 13º salário de inativos e pensionistas. O crescimento das Despesas Obrigatórias com Controle de Fluxo, especialmente nos programas Bolsa Família e Auxílio Brasil, também contribuiu para o aumento das despesas.

O déficit primário acumulado no ano até junho atingiu R$42,5 bilhões, com o Tesouro Nacional e o Banco Central registrando superávit de R$122,5 bilhões e a Previdência Social apresentando déficit de R$165,0 bilhões.

A situação fiscal do país continua sendo monitorada pelo mercado financeiro, pois o resultado primário do Governo Central tem implicações significativas na economia nacional e nas decisões de investidores e agentes econômicos.