Copom define nova Selic em meio a dúvidas sobre magnitude do corte

Veja o que pode mexer com o mercado hoje

Agência Brasil
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Por: Sheyla Santos

Todos os olhos do mercado estão voltados hoje à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que irá anunciar no fim do dia qual será a taxa básica de juros, Selic, atualmente em 13,75%.

A expectativa do mercado está dividida. Enquanto uma parte estima um corte de 0,25 ponto percentual, a outra espera por um corte de 0,50 ponto percentual.

Há oito reuniões — desde agosto de 2022 — a taxa básica de juros está fixada em 13,75%. É a primeira vez que os indicados do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, e Aílton Aquino, diretor de Fiscalização, participam da reunião do colegiado.

A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.

MANCHETES DOS JORNAIS

Valor Econômico: Zerar o déficit em 2024 depende de R$130 bi em receitas adicionais

O Estado de S. Paulo: Em 10 anos, Lei Anticorrupção pune 24 mil, mas poupa partidos

O Globo: Operação da PM avança para Santos e já chega a 14 mortos

Folha de S.Paulo: Supremo derruba tese de legítima defesa da honra

DESTAQUES DO DIA

Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, define no fim do dia a taxa Selic

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à EBC.

ECONOMIA

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (MDIC), a balança comercial brasileira registrou superávit de US$9,03 bilhões em julho. O saldo registrado em julho também foi recorde para o mês na série histórica da balança, iniciada em 1989. As exportações somaram US$29,062 bilhões, recuando 2,6%, em termos de valor na comparação anual. Já as importações somaram US$20,0 bilhões, queda de 18,2% em valor na mesma base de comparação.

(Mover)

Para zerar o déficit primário em 2024, o governo prevê a necessidade de arrecadar R$130 bilhões em receitas adicionais. Nas previsões do governo, restituir o voto de qualidade da União em caso de empate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), aumentaria a arrecadação federal em R$40bilhões e R$50 bilhões. Há ainda uma expectativa de arrecadação em torno de um programa no qual as empresas poderão resolver pendências com a Receita Federal referentes ao recolhimento de tributos federais, como os benefícios de ICMS. (Valor)

O governo conta ainda com as novas regras de tributação de preço de transferência, cuja previsão de arrecadação de receitas é de R$25 bilhões. (Valor)

POLÍTICA

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), descartou votar o arcabouço fiscal — nova regra fiscal para controle das contas públicas — ainda nesta semana. A expectativa é votar o PLP 93/2023 até 31 de agosto. A decisão foi tomada após reunião com líderes partidários na Residência Oficial da Câmara. (Mover)

Uma fonte presente no encontro afirmou à Mover que Lira argumentou “não haver pressa”, uma vez que a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que depende do novo marco fiscal, pode ser aprovada, sem grandes prejuízos ao Orçamento, até o dia 31 de agosto. (Mover)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem tentado, mais uma vez, emplacar o ex-ministro Guido Mantega na presidência da companhia privada Vale — a primeira tentativa foi em 2010. Depois das críticas à indicação do economista Marcio Pochmann à presidência do IBGE, aliados têm recomendado ao presidente que Mantega seja indicado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). (Folha)

ESTATAIS

Ontem, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reuniu-se com o presidente Lula. Há uma discussão no mercado de que a companhia estaria represando os preços de combustíveis por influência política de Lula. (Mover)

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço do diesel estaria com uma defasagem de 23% nos polos da Petrobras. (Mover)

AGENDA

O presidente Lula cumpre agendas no Palácio do Planalto. Às 9h, fala por telefone com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Às 9h30, participa de café da manhã com correspondentes internacionais.

Às 11h30, o mandatário recebe o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ministro da Defesa, José Múcio, e o economista Luciano Coutinho.

Às 16h, comparece à cerimônia de lançamento do programa Povos da Pesca Artesanal.

Geraldo Alckmin, recebe, às 9h, o presidente da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), Paulo Bittar. Às 9h30, reúne-se com a deputada Renilce Nicodemos (MDB). Às 13h, embarca de Brasília para São Paulo.

Em São Paulo, Alckmin encontra-se, às 15h, com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), Rodrigo Miguel de Melo. Às 16h, encontra-se com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Lopes Sauaia.

Às 17h, reúne-se com o prefeito de Mococa (SP), Eduardo Barison (PSD). Às 17h30, encontra-se com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), Paulo Solmucci.

Às 18h, recebe o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (Sinditêxtil/SP), Julio Maximiano Scudeler Neto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), concede, às 9h, entrevista para o programa “Bom dia, Ministro”, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Depois, cumpre agendas na Fazenda. Às 10h30, reúne-se com o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy.

Às 11h30, encontra-se com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Às 17h, recebe o senador Otto Alencar (PSD).