Por: Gabriel Ponte
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pontuou no comunicado da decisão desta noite que o ambiente externo segue “volátil”, embora “menos adverso” do que na reunião anterior, em novembro, diante do arrefecimento dos rendimentos das Treasuries de longo prazo nos Estados Unidos e “sinais incipientes” de queda dos núcleos de inflação, embora ainda em níveis altos.
Também no comunicado, o Copom avaliou que o cenário apresentado “segue exigindo” cautela por parte de países emergentes. Também ao avaliar os seus cenários para a inflação, o Copom avaliou que a conjuntura, em particular devido ao cenário internacional, segue incerta e exige “cautela” na condução da política monetária.
Na visão do comitê, a conjuntura atual é caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, além de expectativas de inflação com reaconragem apenas parcial, e um cenário global desafiador, os quais demandam serenidade e moderação na condução da política monetária.
Discorrendo sobre o cenário doméstico, o Copom avaliou que o conjunto de indicadores da atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo colegiado. O Copom observou que a inflação cheia do consumidor manteve trajetória de queda, conforme esperado, com destaque para as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta.
Anteriormente, em novembro, o Copom havia pontuado que a inflação subjacente ainda se situava acima da meta para a inflação. O Copom também repetiu o parágrafo em que reafirma a importância da “firme persecução” da execução de metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação.
(GP | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)